Por paulo.gomes

Rio - O mês de julho se aproxima e o clima em casa é de ansiedade: de um lado, crianças contam os dias para as férias do meio do ano. Do outro, pais se preocupam em encontrar opções para entreter os pequenos durante o expediente. Para manter as crianças fora de casa e, de quebra, ensiná-las a cuidar da natureza, que tal uma colônia de férias com valores sustentáveis?

Na colônia de férias do Instituto Moleque Mateiro%2C as crianças brincam em parques do Rio%2C como o da Catacumba e o LageDivulgação

O contato com a natureza, nos parques da cidade do Rio de Janeiro, é a principal estratégia do Instituto Moleque Mateiro, que realiza sua colônia de 15 a 26 de julho. Seja através da oficina de brinquedos com material reciclável no Parque Lage; da prática de arvorismo e tirolesa no Parque da Catacumba, na Lagoa; oude trilhas ecológicas na Floresta da Tijuca e no Morro da Urca, o objetivo é conciliar diversão com educação ambiental, respeito ao próximo e consumo consciente.

“Os lanches são servidos em potes para evitar a produção de lixo, e estimulamos as crianças trocarem os copos descartáveis pela caneca”, conta Priscila Barbosa, 29 anos, instrutora da colônia. “Através da colônia de férias, muitas famílias acabam aprendendo com os próprios filhos a cuidar do Meio Ambiente”, diz Paulo Araújo, 29 anos, sócio do Instituto.

Diversão na Mata Atlântica

Outra alternativa é proporcionar à criançada uma imersão completa na Mata Atlântica. Um exemplo é a colônia do Rancho Santa Mônica, localizado no Parque Estadual dos Três Picos, Região Serrana do Rio. A colônia vai de 13 de julho a 4 de agosto.

No Rancho Santa Mônica%2C na Região Serrana no estado%2C os jovens conhecem matas e também cachoeirasDivulgação

“Os monitores ambientais levam os jovens para conhecerem as trilhas e cachoeiras, enquanto explicam sobre as árvores e os animais silvestres que existem lá”, afirma Guilherme Mello, 46 anos, proprietário do Rancho Santa Mônica.

Segundo ele, passar as férias longe dos aparelhos eletrônicos e do fast-food — proibidos no local — “estimula a imaginação, cria hábitos saudáveis e promove uma valorização das coisas simples da vida”.

Na cidade ou na mata, em casa ou na escola, a ideia é ensinar às crianças que o cuidado com o Meio Ambiente não tira férias. O Planeta Terra agradece, e o futuro do seu filho também.

Consciência no Museu do Meio Ambiente

O Museu do Meio Ambiente, localizado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, também possui uma programação educativa que ensina valores ambientais de forma lúdica, através de jogos e passeios pelo parque. E nem precisa esperar pelas férias.

A exemplo dos povos do Alto Xingu, o jogo Troca de Contas estimula as crianças a confeccionarem enfeites com missangas e penas para depois trocarem com os outros participantes. Após a prática, há um debate sobre o consumo e o desapego.

O Hortomóvel, uma horta compacta montada sobre rodinhas, ajuda as crianças a aprenderem sobre plantas, adubos e mudas. E elas ainda ganham sementes para praticar as lições em casa.

Já no Detetives Ambientais, os pequenos desvendam charadas que os direcionam por um passeio pelos pontos históricos do arboreto do Jardim Botânico.

Essas e outras oficinas ocorrem diariamente, das 9h às 17h. Mas atenção: nos dias de semana, é preciso agendamento prévio.

Dicas para o tempo livre

Para ler - Lançado durante a Semana do Meio Ambiente, o ‘Vocabulário Ambiental Infantojuvenil’, do autor Otávio Borges Maia, possui 100 verbetes ilustrados para descomplicar conceitos como biodiversidade, poluição, energia e sustentabilidade.

Para ouvir - Reduzir, reutilizar e reciclar são valores defendidos pelo cantor Jack Johnson no disco ‘Upside Down’, que ensina crianças azelar pela natureza. Todo o lucro arrecadado nas turnês do álbum são revertidos para centros de educação ambiental.

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