Rio - Mais mistérios da Floresta Amazônica foram revelados, na semana que passou. Em meio à vastidão do bioma, cientistas descobriram um macaco que ronrona como gato, uma piranha vegetariana e uma rã do tamanho da unha de um polegar. O trio integra o grupo de 441 espécies totalmente novas para a Ciência, encontradas de 2010 a 2013 e compiladas pela Rede WWF.
São 258 novas plantas, 84 peixes, 58 anfíbios, 22 répteis, 18 aves e um mamífero, o macaco Callicebus caquetensis, que cativou os pesquisadores. “Os bebês, quando estão muito satisfeitos, ronronam um para o outro”, contou o cientista Thomas Defler. E vem ainda mais por aí: segundo a Rede WWF, a lista ainda não inclui número imenso de novos insetos e invertebrados também descobertos no período.
BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
“A compilação e a atualização sobre as novas espécies descobertas em toda a Amazônia nos mostra o quanto a região é importante para a humanidade, e o quanto é fundamental pesquisá-la, compreendê-la e conservá-la. A biodiversidade está ameaçada pela destruição dos ecossistemas. Não podemos nos permitir perder essa riqueza e nem deixar de conhecê-la”, afirma Claudio Maretti, líder da Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF.
“Com uma média de duas novas espécies identificadas a cada semana no período, fica claro que a extraordinária Amazônia continua sendo um dos espaços mais importantes da biodiversidade mundial”, lembra Maretti. As plantas e os animais encontrados não existem em nenhum outro lugar do mundo, o que as torna muito vulneráveis à ameaça do desmatamento, informa a WWF.