Por karilayn.areias

Rio - Mais um filhote de peixe-boi órfão foi acolhido pelo Instituto Mamirauá na Amazônia. A fêmea Cassí, 45 kg e 1,25 m, foi capturada acidentalmente numa rede de pesca e perdeu-se da mãe. Com alguns ferimentos, está agora sob cuidados do Centro de Reabilitação de Peixe-boi Amazônico da Base Comunitária do instituto, na Reserva Amanã.

Cassí toma quatro mamadeiras por dia%2C a primeira às 7h30Amanda Lelis

Em quarentena, ela permanece sozinha num tanque de 4,5 mil litros e isolada dos outros sete pequenos peixes-boi no local, dois machos e cinco fêmeas. Segundo o veterinário Guilherme Guerra, Cassí precisa se habituar ao cativeiro e ao aleitamento artificial. O centro recebe ou resgata e cuida de órfãos, que geralmente são presos em redes de pesca ou ficam sozinhos após a mãe ser caçada.

Diariamente, os animais tomam uma primeira mamadeira às 7h30, enquanto a água da piscina é substituída e o tanque, limpo. Com o tanque vazio, ela passa por exames clínicos e, no restante do dia, recebe mais quatro mamadeiras.

Uma vez por semana Cassí é pesada. O aumento do peso é um indicador de que o peixe-boi está saudável. “Eles precisam crescer e ganhar peso para que possam ter mais chances de sobrevivência após a soltura em vida livre”, diz Guilherme.

Moradores da região entraram em contato com o instituto para avisar sobre Cassí. Desde janeiro, comunidades recebem a visita de educadora ambiental que vem conscientizando ribeirinhos sobre a importância de preservação da espécie.

O instituto, criado em 1999, atua como uma das unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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