Rio - Já imaginou ver de perto como a Terra fica quando sofre abalos sísmicos? E o solo quando é contaminado, como ele fica? Essas e outras serão respondidas na exposição sobre geofísica, no 15º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, que será realizado do dia 31 de julho a 3 de agosto, no Centro do Rio. O evento é gratuito para estudantes dos níveis Fundamental e Médio, desde que sejam inscritos pela direção da escola.
“Queremos mostrar aos jovens, principalmente, o que é a geofísica e como ela é importante para entender o comportamento da Terra. Muitos brasileiros desconhecem a profissão e essa é uma oportunidade para apresentá-la”, explicou Jorge Hildenbrand, presidente da Sociedade Brasileira de Geofísica (SBGF), organizadora do evento.
Além da exposição com experimentos que reproduzem fenômenos físicos do nosso planeta, elaborada pela Universidade Federal do Pará, o congresso terá agenda extensa, com debates, workshops e cursos. Um dos workshops vai abordar o papel da geofísica no desenvolvimento sustentável.
“Existe no Brasil, pelo desconhecimento dos órgãos públicos, uma dificuldade muito grande das empresas de petróleo que fazem exploração e as prestadoras de serviço, sobre o conhecimento das tecnologias geofísicas. Muitos não entendem o quanto elas são extremamente benéficas, sem nenhuma agressão ao meio ambiente”, apontou Jorge.
Neste workshop, serão apresentados vários exemplos dessa tecnologia, como o levantamento aéreo gravimétrico, que não oferece risco ambiental, pois consiste em um sensor acoplado a um avião que detecta as variações do campo gravitacional, o que pode determinar os tipos de rocha do subsolo, sem agredí-lo.
Outro exemplo é o levantamento marítimo, com sensores acoplados em navios e que emitem ondas sísmicas. Essas ondas penetram no fundo do oceano e depois se propagam para detectar os tipos de rocha e materiais que possuem embaixo do mar.
“Este é um levantamento fundamental para descoberta de petróleo. E muitos classificam essa tecnologia como prejudicial à vida marinha, justamente por não conhecê-la. Mas isso não procede. Pelo contrário, esse levantamento sequer influencia na vida marinha”, declarou Hildenbrand.
As inscrições para o congresso variam de R$ 120 a R$ 1.200, com descontos para profissionais da área e pacotes com cursos e workshops. Mais informações no site www.sbgf.org.br.