O cão é considerado um reservatório da leishmaniose porque hospeda o protozoário causador da doença - Reprodução Internet
O cão é considerado um reservatório da leishmaniose porque hospeda o protozoário causador da doençaReprodução Internet
Por MARIA INEZ MAGALHÃES

Já falamos aqui do Aedes Aegypti que transmite a dirofilariose, também conhecida como a doença do verme do coração. Mas tem outro mosquito zunindo por aí que pode fazer mal ao seu peludo e também aos humanos: o flebotomíneo, o popular mosquito-palha ou birigui, responsável por transmitir a leishmaniose visceral, que é uma zoonose, através de sua picada.

A doença é causada por um protozoário, o Leishmania chagasi, que fica hospedado no cão. Mas entenda: o cão não transmite a doença. Quem faz isso é o mosquito que se contamina ao picar um peludo com o protozoário. A explicação é da Karin Botteon, veterinária e coordenadora técnica da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.

E a leishmaniose pode matar ou deixar sequelas como doença renal crônica. Segundo a veterinária, os sintomas comumente são alterações na pele, como dermatite, queda de pelos, crescimento exagerado das unhas, prostração, febre, perda do apetite, emagrecimento e problemas oculares. Esses sinais, no entanto, são muito parecidos com os de outras doenças, por isso é necessário que o diagnóstico seja feito pelo veterinário.

Doença não tem cura e pode matar

Apesar de ter tratamento, a leishmaniose não tem cura, e o controle, é a prevenção. E principal maneira de fazê-la é combatendo o mosquito transmissor. Primeiramente deve-se evitar o acúmulo de matéria orgânica (folhas, plantas), fezes de animais e lixo nos quintais e terrenos baldios, locais onde o mosquito se reproduz. Quanto aos cães, podemos protegê-los da picada dos mosquitos com o uso de produtos com poder repelente. O mercado está cheio deles.

Atualmente tem um uma medicação específica para o tratamento da doença em cães que já foi considerada motivo para eutanasiar os cachorros vítimas dela. O procedimento dividia opiniões entre veterinários e pessoas ligadas à saúde pública e já foi tema de muitas discussões.

A veterinária conta que a doença também acomete gatos, mas com menos frequência na espécie e ainda há muito o que ser estudado sobre este assunto nos felinos. E faz um alerta: alguns produtos para combater a doença em cães não devem ser usados em gatos. Quem ama, cuida.

 

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