Transações online seguiriam os mesmos moldes da CPMF - Reprodução de internet
Transações online seguiriam os mesmos moldes da CPMFReprodução de internet
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Rio - O Banco Central divulgou um levantamento com o balanço das taxas de juros pagas pelo brasileiro ao longo de todo o ano de 2017. O resultado já era o imaginado por qualquer pessoa que acompanha o noticiário econômico. Os juros médios mais caros ainda são os do cartão de crédito, acima de 13% ao mês, seguido de perto pelos do cheque especial, um pouco abaixo de 13% ao mês.

O volume dos juros da economia, ao contrário do que o governo previa, que era de crescimento, acabou encolhendo. Isso reflete que, apesar da situação estar ligeiramente melhor, muitos ainda não se recuperaram do aperto do período de recessão e, ou, ainda estão ressabiados e não arriscam em fazer dívidas.

Ainda assim, o resultado foi positivo nos chamados empréstimos direcionados, quando a pessoa compra a casa própria e troca de carro. O financiamento imobiliário cresceu e o de veículos também. Esse dado demonstra que quem tem emprego sólido e está com o orçamento folgado, aproveitou a crise imobiliária e os pátios cheios das montadoras para fazer um bom negócio, aproveitando que os preços estavam ligeiramente mais baixos.

O que destoou no levantamento foram os empréstimos do BNDES, voltados para as empresas, que recuaram 27%. Tal fato ocorreu após a crise da JBS e os escândalos no governo, quando o banco estatal pisou no freio e muitas empresas ficaram sem recursos.

Também chamou a atenção o crescimento do volume de operações de crédito consignado, principalmente entre o funcionalismo público, os aposentados e os pensionistas, de vários estados e municípios. Mais uma vez, a crise das finanças dos estados e municípios, que estão atrasando o pagamento da folha de salários, forçou quem ainda podia, a aumentar o uso do empréstimo com desconto em folha, que teve juros médios de 3,3% ao mês em 2017.

O consumo de uma economia, segundo a teoria, é fortemente impulsionado por duas ferramentas: o crescimento econômico combinado com a distribuição de renda e o acesso ao crédito com taxas de juros justas. No caso do Brasil em 2017 mostrou que ainda estamos longe de usar bens essas ferramentas.

 

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