Rio - O mundialmente questionado câmbio Powershift, automatizado de dupla embreagem da Ford, não estará presente na sétima geração do Fiesta, que completa 40 anos neste mês. Problemas como trepidação e falha entre passagens de marchas foram decisivos para a desistência da montadora. Através de sua assessoria na Europa, a montadora confirmou os boatos de que o novo hatchback será equipado com a transmissão automática tradicional — apesar de ser mais antiga, tem mais robustez e trabalha com conversão de torque.
No ReclameAqui, são mais de 200 reclamações de problemas relacionados ao câmbio automatizado da Ford. Em janeiro, a montadora já havia admitido problemas e anunciado reparo no Powershift que equipa o Ecosport. Entretanto, nenhum recall foi solicitado. Através do Facebook, usuários também relataram problemas.
Com essa notícia, a expectativa é de que a marca aplique a mesma alteração nos outros modelos que usavam o câmbio Powershift, como o Ford Focus, Ford Ecosport. A Ford não informou, contudo, se a mudança será feita em todos os países onde o modelo é comercializado ou se as alterações são para o mercado europeu. Novidade já garantida na versão brasileira é a central multimídia Sync3, com tela sensível ao toque de 8 polegadas.
TOQUE MAIS REFINADO
Para distanciar o modelo do Ka, a proposta da Ford é dar um toque mais refinado ao Fiesta. O novo Fiesta sairá da fábrica para o mercado brasileiro com o 2.0 litros aspirado e o 1.0 turbo, com 3 cilindros, que rende 125 cavalos de potência. Mas a novidade fica por conta da versão equipada com o 1.5 da família Dragon que vai substituir o 1.6 flexível da família Sigma, mas mantendo potência e torque equivalentes. Destaque para a nova versão Active, com suspensão mais alta, rack no teto, detalhes em plástico nas caixas de roda e saias laterais.
Vale ressaltar que intenção de unificar o portfolio de veículos no mundo inteiro (One Ford) foi abandonada pela montadora.
