Por leandro.eiro

Rio - A Mercedes-Benz lançou, na última terça-feira, as novas versões para o mercado brasileiro do seu SUV médio, o GLA. A marca premium que mais cresceu neste ano, cerca de 7,8%, aposta no modelo para alavancar ainda mais as suas vendas, já que o carro representa 30% do volume deste ano.

Mercedes-Benz lança no Brasil a linha 2018 do SUV compacto GLA%2C que está mais equipado%2C além de levemente reestilizadoDivulgação

Chega às concessionárias em cinco versões. São quatro nacionais. Três deles com motores 1.6 com 156 cv, 24 quilos de torque e aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 8,1 segundos. A outra nacional vem com 2.0 de 211 cv e 35,7 kgfm de torque. Há, ainda, uma importada, com o motor de 2.0. Mas absurdos 380 cavalos (mais potente do mundo produzido em série). Todos combinados a uma transmissão automática de sete marchas e dupla embreagem, que tem quatro modos de direção (Conforto, Econômico, Sport e Personalizado).

As principais mudanças do modelo estão na dianteira do SUV, onde a grade em alumínio escovado e importada do GLS é o item que mais chama atenção. O para-choque ficou mais largo e também recebeu detalhes em alumínio, dando um ar mais agressivo e esportivo. Ainda com assinaturas em LED, os faróis tiveram seus componentes reorganizados e receberam uma máscara negra.

Na traseira, as lanternas foram alongadas na direção da lateral do carro, dando a impressão de que o GLA é maior. Alguns vincos e apliques em alumínio escovado deixam a traseira mais condizente com a proposta de esportividade do modelo. Outro detalhe está nas lanternas, onde os engenheiros implementaram uma nova tecnologia (Stardust) na iluminação, que varia a intensidade dos indicadores de acordo com a quantidade de luz exterior.

As versões do modelo são de R$ 158.900 no 200 ff Style, R$ 175.900 no Advance, R$ 203.900 no ff Enduro, R$ 232.900 no GLA 250 Sport, podendo chegar até R$ 359.900 no AMG 45 4M.

Tecnologia e segurança

Para rechear o modelo nacional, que já está presente no portfólio da marca desde 2014, os engenheiros deixaram algumas tecnologias de lado. Mas implementaram algumas que não eram aguardadas. Um dos detalhes importantes está nos airbags para os joelhos. Com eles, o GLA passa a ser o único da categoria a contar com sete unidades.

Com as mudanças no visual, a Mercedes não só conseguiu dar uma cara mais enfezada, como reduziu o coeficiente aerodinâmico do carro de 0,29, para 0,28. A mudança garante um menor arrasto. E, como consequência, garante economia de combustível. No quesito frenagem, o GLA foi bem sucedido. O pré-carregamento dos discos de freio devem evitar muitos acidentes, já que ele antecipa o movimento do motorista em situações de emergência, reduzindo o tempo de desaceleração do carro.

Interior

Sempre combinando dois materiais, o interior do GLA é sóbrio e de bom gosto. Desde as versões de entrada, o material é bem escolhido, tendo a opção de partes em até duas cores. Os bancos variam do normal ao concha, todo em couro (a partir da versão Enduro). Outra atualização é que o freio de mão passa a ser acionado automaticamente quando o motorista aciona no câmbio a opção 'P', de parking (estacionando, na tradução do inglês para o português).

O painel agora tem uma grande aste de alumínio e saídas de ar circulares. Os detalhes metálicos também estão presentes no volante e no console do carro. Um ponto negativo vai para a central multimídia, que apesar de ser grande (8 polegadas), não tinha uma tela sensível ao toque. A opção é controlar o equipamento pelos botões do painel. Não falta nada, mas fica a impressão de que o espaço poderia ser melhor aproveitado.

Versões

As versões com motores 1.6 (Style, Advance, Enduro) não se diferenciam tanto. São, em grande maioria, mudanças estéticas como rodas especiais em 18 polegadas, bancos e painéis em materiais mais luxuosos, assento do motorista com ajustes elétricos e memória e faróis em full LED (já na versão Advance).

Impressões ao volante

Durante um test drive longo, a reportagem do DIA viajou para o Litoral Norte de São Paulo, experimentando trechos de vários tipos. Do trânsito sufocante das ruas do centro, onde o conforto interno pesa a seu favor, para trechos com baixo fluxo nas rodovias, onde o motor fez bem seu trabalho. Vale ressaltar que se tratava de uma terça-feira, no início da tarde, quando o trânsito nas rodovias ainda é leve. No outro terreno experimentado, irregular e de terra batida, a suspensão trabalhou a nosso favor.

Foram mais de 230 quilômetros rodados no trajeto de ida e volta com o SUV da Mercedes. E ficou fácil de perceber a sintonia entre tudo no carro. Foi o suficiente para testar o SUV com estilo off-road.

As respostas em todas as situações foram rápidas. Retomadas são sempre vigorosas. Basta pisar fundo que os cavalos são despejados, facilitando ultrapassagens em momentos de necessidade. No interior do carro, o barulho do motor é quase imperceptível em rotações normais. Ao pesar o pé, o som do motor chega, mas nada comparado a outros modelos.

A suspensão elevada em três centímetros ajuda a evitar solavancos. Com isso, as sinuosidades no terreno são bem absorvidas. Tal característica é, convenhamos, o mínimo para um SUV.

Você pode gostar