Última vez que o hatch conseguiu liderar as vendas da marca foi em dezembro do ano passado - Lucas Cardoso
Última vez que o hatch conseguiu liderar as vendas da marca foi em dezembro do ano passadoLucas Cardoso
Por Lucas Cardoso

Rio - Um dos mais tradicionais modelos da Volkswagen, o Gol finalmente ganhou uma opção com câmbio automático. Parado no tempo, o quase quarentão vinha perdendo espaço nos últimos anos para outros modelos do segmento. E a ausência pesava contra. Mas isso são águas passadas para o 'popular' Gol. Na linha 2019, o hatch recebeu retoques no design, uma nova opção de motor, mais potente, e a tão aguardada versão sem pedal de embreagem. O modelo custa R$ 54.580.

Para saber se o tempo de espera pelo modelo automático valeu e se o Gol ainda tem lenha para queimar, o DIA avaliou a nova opção do hatch compacto. Foram cerca de 500 quilômetros rodados durante uma semana. E, nesse período, o coadjuvante da nova versão, o motor 1.6 MSI (antigo conhecido dos proprietários da versão Rallye do hatch) mostrou o seu valor. Aliado à transmissão automática de seis posições, o propulsor rendeu bem.

O pacote de opcionais 'Urban Completo' também adiciona retrovisores elétricos com função 'tilt down', chave canivete e sensor traseiro de estacionamento - Lucas Cardoso

Ao volante, diferente das opções automatizadas do passado, o novo câmbio automático é de um ajuste primoroso. O rodar é suave e até as reduzidas para as duas primeiras marchas são suaves. Quase imperceptíveis. Para os momentos de saudade do câmbio tradicional, o Gol também conta com a opção de trocas manuais sequenciais Tiptronic.

SEM DIREÇÃO ELÉTRICA

O sistema é operado por meio da manopla de transmissão ou pelas aletas no volante. Para retomadas e ultrapassagens mais vigorosas, há ainda o modo esportivo 'S'. Ele atrasa a mudança de marchas para garantir respostas mais rápidas na aceleração. No quesito mecânica, o ponto fraco do modelo é a falta da direção elétrica. Não que a hidráulica seja o pior dos mundos. Mas em meio ao trânsito intenso e com vagas apertadas nos centros urbanos, fazer manobras demanda uma força maior.

O câmbio automático é o mesmo utilizado no irmão maior Polo - Lucas Cardoso

O consumo de combustível do modelo é mais um dos destaques positivos. Em trecho misto, o modelo apresentou consumo médio de 12,8 km/l na gasolina. Para se ter uma ideia, quando avaliado na estrada, o consumo beirou os 17 km/l. Na parte estética, a maior mudança está na dianteira. Assim como a Saveiro e a versão aventureira Track, o modelo ficou mais agressivo e imponente. A linha 2019 teve seu capô elevado, ganhou faróis maiores e dois frisos metálicos na parte inferior da grade. Os dois apliques dão uma impressão de continuidade ao conjunto óptico.

O interior não passou por alterações. O modelo segue oferecendo central multimídia, volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade e um computador de bordo no painel. Além disso, há, também, o prático suporte para o aparelho celular. Já que a linha 2019 é apenas uma reestilização, não há mudança nas dimensões.

Apliques metálicos na parte inferior da grade dianteira dão a impressão de continuidade às linhas dos faróis - Lucas Cardoso

Mais potência
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O 1.6 de 16 válvulas MSI da linha 2019 do hatch é o mesmo utilizado no novo Polo. Feito de alumínio, com admissão variável e duplo comando de válvulas, o motor rende 120 cavalos e 16,8 quilos máximo de torque. São três cavalos e 0,3 quilos a mais que o irmão maior. Segundo a marca, os números melhores vêm de ajustes em partes do motor que renderam melhor fluxo de ar.
 
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