Por felipe.martins

Rio - A empresa Aldoro, de Rio Claro, no interior de São Paulo, é citada em relatório da Conflict Armament Research, encomendado pela União Europeia e divulgado ontem. A pesquisa mostra que 51 empresas de 20 países estão envolvidas no fornecimento de substâncias para explosivos, que não podem ser rastreados quando chegam às áreas de conflito.

O relatório mostra que mais de 700 componentes, cabos e outros produtos químicos de diferentes países foram utilizados pelo Estado Islâmico na fabricação de bombas. A empresa brasileira Aldoro, que fabrica pigmentos metálicos de alumínio e pasta de alumínio, é citada no documento.

VENDAS SUSPENSAS

“Brasília nos ligou para dizer que um balde de nosso produto,que pode ser usado em explosivos, havia sido encontrado na Síria”, explicou o diretor da Aldoro, Stassan Martendal, à RFI Brasil. A empresa, que exportava as substâncias para a Turquia e a Jordânia, suspendeu as vendas há seis meses. “É impossível rastrear o que acontece com o produto ao chegar nesses países que fazem fronteira com a Síria”, explica.

No vídeo%2C buracos de bala e fogo aparecem sobre imagem de MarkReprodução

Treze companhias turcas participam da cadeia de abastecimento do Estado Islâmico. O relatório chama a atenção para o fato de o país funcionar como “ponto de distribuição” dos componentes usados pelos extremistas. Tratam-se de substâncias explosivas, contêineres e cordas. Esses distribuidores turcos repassaram material produzido no Brasil, China, Índia, Holanda, Romênia e Rússia para intermediários de membros do EI.

Outros componentes, como detonadores, vêm principalmente da Índia e são exportados para o Líbano e a Turquia antes de irem parar nas mãos dos terroristas.

Grupo quer matar Mark Zuckerberg

Hackers do Estado Islâmico anunciaram que os mais recentes focos do grupo são o dono do Facebook, Mark Zuckerberg, e o do Twitter, Jack Dorsey. Em vídeo, o Exército dos Filhos do Califado, divisão de hackers do Estado Islâmico. ataca o fato de que o Facebook e o Twitter têm fechado contas de extremistas.

O vídeo não menciona ameaças verbais contra Zuckerberg e Dorsey, mas mostra a imagem dos dois executivos do setor de tecnologia com buracos de bala e fogo. Representantes do Facebook e do Twitter não quiseram comentar o vídeo.

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