Por cadu.bruno

Curitiba - OAS, Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e UTC. São essas as empresas que mais doaram dinheiro para o Instituto Lula e, de acordo com as investigações da 24ª fase da Operação Lava Lato, foram também as responsáveis pela contratação de 47% das palestras da Lils Palestras, empresa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram cerca de R$ 20 milhões em doações e outros R$ 10 milhões pagos em palestras.

"A questão principal fiscal foi o relacionamento das entradas de recursos na Lils palestras e a saída de recursos do Instituto Lula. Existiria uma confusão operacional e financeira entre as duas entidades, ainda a serem confirmadas", disse o auditor fiscal da Receita Roberto Leonel Lima. 

Movimentação na sede da Polícia Federal%2C em São Paulo%2C durante a 24ª etapa da Operação Lava JatoTaba Benedicto/ Parceiros/ Agência O Dia

A informação foi passada na coletiva da manhã desta sexta-feira, na qual participaram Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público. Ao todo, são 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, alguns ainda a serem finalizados. "Em alguns locais estamos tendo problemas com manifestações, o que está dificultando um pouco o trabalho. Mas acredito que até a hora do almoço tudo esteja concluído", afirmou o delegado da PF Igor Romário de Paula.

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Evidências de vantagens para Lula

Representando o MP, o produrador Carlos Fernando dos Santos Lima fez questão de frisar que as buscas nas residências de Lula e de seus familiares fazem parte de apenas "mais uma fase da operação Lava Jato", e que não há motivações políticas para as ações. "Há evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para, eventualmente, a concepção de atos dentro do governo", disse. "Não há ninguem isento de ser investigado nesse País (...) Lula não tem foro privilegiado".

Aletheia: busca pela verdade

A fase da operação foi batizada de Aletheia em referência a expressão grega que significa busca da verdade. Cerca de 200 policiais estão nas ruas e 30 auditores da Receita para cumprir 44 ordens judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Os principais alvos são o Luiz Inácio Lula da Silva, seu filho Fabio Luiz Lula da Silva, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, e outros diretores e pessoas ligadas ao ex-presidente da República. 

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