Por clarissa.sardenberg

Rio - Após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a agenda da presidente Dilma Rousseff, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, prevê apenas despachos internos. No entanto, é provável que ela faça um pronunciamento na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, a respeito do resultado da votação deste domingo, que envia a análise da denúncia para o Senado. A ideia inicial seria fazer um pequeno evento no qual Dilma estaria com ministros, bem como parlamentares mais próximos.

Agenda de Dilma prevê apenas despachos internos, mas ela deve se pronunciar na tarde desta segundaLula Marques/ Agência PT - 05.04.16

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou na madrugada desta segunda-feira, em entrevista coletiva logo após a votação da Câmara, que o resultado “não abaterá” a presidenta Dilma Rousseff, que, segundo ele, “é uma mulher muito forte” e está aberta ao diálogo para soluções que “jamais passarão por um golpe de Estado”. Segundo Cardozo, ela irá se pronunciar nesta segunda-feira sobre a decisão da Câmara, possivelmente no período da tarde.

Informando não ter participado de nenhuma discussão sobre a possibilidade de o governo convocar eleições gerais como forma de sair da crise política, Cardozo evitou discutir o assunto. Ele disse também que o governo foi traído por diversos deputados. “Várias pessoas que diriam que iam votar [contra o impeachment] não votaram”.

Neste domingo, Dilma se isolou no Palácio da Alvorada, de onde acompanhou a decisão na Câmara dos Deputados. Da Sala dos Estados do Alvorada, ao lado da biblioteca, Dilma assistiu pela TV à sessão acompanhada dos ministros Jaques Wagner, da chefia de Gabinete da Presidência; de Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo; de Kátia Abreu, da Agricultura; Aldo Rebelo, da Defesa; José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União; e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação.


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