Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou a abertura do segundo inquérito contra o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sob acusação de ter atuado para fraudar dados do Banco Rural com o objetivo de esconder o mensalão mineiro.
Além de Aécio, também se tornam alvos do inquérito o seu vice governador da época, Clésio Andrade (PMDB-MG), atualmente réu no mensalão tucano, e o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), à época secretário geral do PSDB.
O inquérito é baseado na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. Ele foi presidente da CPI dos Correios, que investigou o mensalão. Delcídio disse que foram requisitados dados do Banco Rural e que Aécio atrasou o envio dos dados à CPI para apagar informações comprometedoras do período tucano.
“A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valerio e companhia”, afirmou Delcídio.
Este é o segundo inquérito aberto contra Aécio Neves em decorrência da Lava Jato. Em outra investigação, o tucano é suspeito do recebimento de propina de Furnas, também com base na delação de Delcídio.