Por rafael.nascimento

Brasília - A Polícia Civil investiga a morte do jornalista João Miranda do Carmo assassinado a tiros em frente a sua casa, em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, na noite do último domingo. A vítima era dono do site de notícias SAD Sem Censura, que publicava notícias policiais, sobre a política e sobre o tráfico de drogas local.

Nenhuma linha de investigação sobre o crime está sendo descartada, entre elas a de que ele tenha sido morto devido a seu trabalho como repórter, disse o delegado responsável pelo caso, Pablo Santos Batista. Testemunhas estão sendo ouvidas na manhã desta terça-feira.

Miranda vinha recebendo ameaças de morte desde janeiroReprodução/Facebook

João Miranda já vinha recebendo ameaças e teve seu carro incendiado em janeiro, de acordo informações do jornal O Popular, de Goiás. Amigos e familiares prestarem homenagens ao jornalista ao longo dessa segunda-feira nas redes sociais. Ele pretendia se candidatar a vereador nas próximas eleições.

Profissão de risco

Esse foi o terceiro assassinato de jornalistas este ano no Brasil. Em março, o radialista João Valdecir Barbosa foi morto a tiros enquanto trabalhava nos estúdios da Rádio Difusora AM, em São Jorge do Oeste, sudoeste do Paraná. Em abril, o blogueiro Manoel Messias Pereira, foi morto também a tiros em Grajaú, no Maranhão.

Em 2015, o Brasil ficou em quinto lugar como o país mais perigoso para o exercício da atividade jornalística, com oito assassinatos, de acordo com a organização internacional Comitê para a Proteção dos Jornalistas, (CJP, na sigla em inglês). O país ficou à frente de países em guerra como Iraque e Sudão do Sul. A maior parte dos mortos apurava casos de corrupção envolvendo políticos. 

Com informações da Agência Brasil

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