Por thiago.antunes

Rio - Segue na berlinda o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, mesmo após o perdão forçado do presidente Michel Temer sobre a polêmica da suspeita de antecipação da operação Lava Jato que levou à cadeia o ex-ministro petista Antônio Palocci.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Lima, está incumbido agora de blindar Moraes no Congresso Nacional contra convocações para se explicar em comissões da Câmara e Senado, visando não manchar a imagem do Governo e evitar a primeira crise da gestão.

Cavalaria em campo

As bancadas do PT, PCdoB e PSOL preparam uma série de pedidos de convocação do ministro da Justiça nas duas Casas, para após as eleições. A base terá de ficar em alerta.

O tutor

Após repreender Moraes, Temer passou a tutela do ministro ao chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que comandou a demissão do ex-AGU Fábio Medina Osório.

Novos contatos

O senador Reguffe, sem partido há meses, tem conversado com a cúpula do NOVO. O partido começou o discurso de corte de custos nos mandatos – marca do parlamentar.

Ponte da inimizade

O juiz Carlos Frederico de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Brasília, deu sentença pela volta do nome do presidente Costa e Silva numa ponte da capital. Mas a situação continua sub judice. Determinou a nulidade da aprovação da lei aprovada pela Câmara Legislativa do DF.

Confusão legislativa

Em suma, o magistrado sentenciou que a instituição de direito no DF terá de escolher novo nome, que não seja a do ex-presidente – neste contexto, por ora, o nome de Costa e Silva continua. Apesar de a placa ser mantida como Honestino Guimarães. Autor da lei da troca de nome, o distrital Ricardo Vale anunciou que vai lugar por Honestino.

Será?

O líder do PV no Senado, Álvaro Dias (PR), definiu em duas breves palavras o deslize do futuro ex-ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ao antecipar a deflagração da fase da Lava Jato que prendeu o ex-ministro Antônio Palocci: “Ato falho”.

Alô, 190!?

A série de operações policiais em alguns Estados contra quadrilhas nas OS – Organização Social que administram hospitais municipais revela uma nova máfia.

Sangria

A Saúde é um dos preceitos constitucionais. Delegar a administração de hospitais a terceiros é estancar sangria com band-aid – vencido e superfaturado.

Fator surpresa

Caciques de uma patota no Rio apontam a possibilidade de Indio da Costa (PSD) ir ao 2º turno contra Crivella (PRB). A rejeição a Pedro Paulo (PMDB) continua alta, e a autofagia dos candidatos de esquerda – Jandira (PCdoB) e Freixo (PSOL) tira votos dos dois. Além, claro, do alto índice de indecisos na capital que decidirá só na urna.

Pai Nogueira, vidente

O candidato à prefeitura de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), também deve explicações. Proferiu a seguinte frase após a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, na quinta-feira, 22: “O próximo será o Palocci”, aos risos.

Boquirrotos

De passagem por Brasília, uma das lideranças do PMDB no Senado, com livre trânsito no Palácio do Planalto, resume em uma palavra o perfil dos ministros que deslizaram em declarações que constrangeram Michel Temer: “Boquirrotos”.

Fera..

A Fera Lubrificantes informa que "nunca lesou os cofres do Estado de São Paulo", em resposta a nota publicada. "Porque a empresa não é responsável pelo recolhimento de ICMS nas vendas de gasolina". Continua: "No tocante à CIDE e ao PIS/COFINS, a Fera sequer é contribuinte de tais tributos na comercialização da gasolina".

..em correção

A empresa informa que reitera seu compromisso com clientes, fornecedores e colaboradores e repudia "tentativas de denegrir a sua imagem". Recado para nossa fonte, claro.

Ponto Final

“Temos agora uma polícia política, com demonstração de força de seu comandante, o ministro da Justiça. Nova fase do autoritarismo no Brasil!”

Da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sobre a prisão do ex-ministro Antônio Palocci, em operação antecipada pelo ministro da Justiça, Alexandre Moares

Coluna de Leandro Mazzini

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