“Cerca de 70% das mulheres têm queda da produtividade no trabalho durante a menstruação, causada pelas cólicas e por outros sintomas associados a elas, como cansaço maior que o habitual, inchaço nas pernas, enjoo, cefaleia, diarreia, dores em outras regiões e vômito”, afirma o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), autor do Projeto de Lei 6784/16. Caso seja aprovado, acrescentará um artigo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), na parte que trata especificamente do trabalho da mulher.
Menstruação pode dar três dias de folga
Medida prevê que horas não trabalhadas sejam compensadas ao longo do mês
Rio - Protocolada em dezembro, começa a tramitar na Câmara dos Deputados uma proposta que, se aprovada, permitirá que as mulheres se afastem do trabalho por até três dias durante o período menstrual. Para a empresa ou o patrão não ser prejudicado nesses casos, o projeto estabelece a compensação das horas não trabalhadas.
A medida tramita em caráter conclusivo, ou seja, quando não há necessidade de ser votada em Plenário. Ela é analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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“O afastamento do trabalho durante a menstruação tem respaldo científico e é defendido por médicos, levando-se em conta as alterações sofridas pelo corpo feminino durante esse período”, acrescenta Carlos Bezerra.