Por lucas.cardoso

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente Michel Temer foram os políticos mais criticados nas redes sociais nas primeiras 24 horas após a divulgação da lista de inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir das delações realizadas pela empreiteira Odebrecht.

24 horas após a divulgação da lista de inqueritos%2C Lula%2C Aécio e Temer são os nomes mais criticados nas redes sociaisMontagem com fotos Marcos Corrêa/PR%3BRoberto Parizotti / CUT%3BLula Marques/AGPT

É o que diz uma recente análise feita pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas, centro de estudo da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), feita com base em mais de 1 milhão de interações no Twitter e no Facebook após a divulgação da lista. "A divulgação da lista de alvos de abertura de inquéritos foi percebida como uma 'bomba atômica'", ressalta o estudo.

Ao todo, foram 300 mil tuítes e 780 mil interações. "A polarização tradicional entre governo e oposição deu lugar à crítica geral ao sistema político", destaca a análise. Segundo a pesquisa da FGV-RJ, o jornal se destacou entre os perfis de mídia que se pronunciaram sobre o tema nas redes sociais.

Segundo o relatório, "Lula", "Aécio Neves" e "Michel Temer" são as únicas personalidades políticas a serem citadas no top 10 de temas nas interações feitas pelo Twitter. No Facebook, "Lula" aparece em segundo, atrás apenas de "Odebrecht" - já "Aécio Neves" aparece em sétimo, atrás de "PSDB", "Senado" e "Operação Lava Jato".

Quando a análise se restringe apenas a atores do cenário político, Lula novamente lidera em menções no Twitter - sozinho, o ex-presidente responde por 6,5% dos tuítes feitos nas primeiras 24 horas após a divulgação da lista de Fachin. O petista é seguido de perto por Aécio, que teve cinco inquéritos abertos, Temer e a ex-presidente Dilma Rousseff.

Em uma de suas últimas conclusões, o estudo destaca ainda que é cedo para medir se a lista de Fachin vai impactar a agenda de reformas do governo Michel Temer.

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