Por marlos.mendes

As informações dos delatores da Odebrecht e as vindouras vão revelar que, a exemplo da construtora, que tinha seu setor de propinas, os Governos Lula da Silva e Dilma Rousseff fizeram do Ministério da Fazenda seu Departamento de Extorsão oficial — e não só contra a empreiteira. Relatos nas mãos dos procuradores e da PF dão conta de que os ministros Antonio Palocci e Guido Mantega tocavam o terror, discreta ou diretamente, contra os grandes empresários que se negavam a dar ou ensaiavam protesto contra pagamento de propinas ao PT. Insinuavam que a Receita Federal os cercaria.

Pressão na caneta
Uma grande empresária de Brasília passou por isso na gestão Lula, com Palocci no ministério. Um diretor da empresa se mudou para os EUA para evitar perseguição.

Gastrobrecht
Cláudio Melo, o então poderoso diretor institucional da Odebrecht em Brasília, fazia a maioria das reuniões de negócios com os congressistas no SoHo do Pontão do Lago Sul.

É feia a coisa
Mais de 100 venezuelanos — até famílias inteiras — estão morando acampados na Rodoviária de Manaus. Gente que foge da fome e da crise, e não sabe para onde ir.

Baixa ambiental
Thelma Krug, das mais renomadas cientistas do País, vice-presidente do Painel Inter-governamental de Mudanças Climáticas, foi demitida do Ministério do Meio Ambiente onde era Diretoria do Departamento de Florestas. Desta vez para valer. Ano passado, o ministro Zequinha a exonerou, houve chiadeira dos ambientalistas, e ele recuou.

Desdém oficial
Até ontem, somente o Governo do Distrito Federal, 19 Governos estaduais e 52 prefeituras (cinco delas capitais) fizeram a adesão ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas e o Cadastro Nacional de Empresas Punidas.

Lei é Lei
A Lei Anticorrupção determina o cadastramento nacional em todas as esferas de Poder. “A CGU considera que o não atendimento da determinação legal traz prejuízos a sociedade, pois restringe a transparência e pode ensejar um gestor público ao risco de contratar uma empresa sancionada”, sublinha a CGU nos ofícios a Tribunais de Contas.

Do canteiro
Veja como a operação mexeu o setor no País. Dia 25, Porto Alegre sedia o 6º Seminário de Valorização do Trabalho, tema “Trabalho na Construção Civil pós-Lava-Jato”.

Na contramão
Manaus é palco de perseguição a motoristas do Uber. Os taxistas têm denunciado uberistas e a fiscalização da prefeitura age rápido nas multas, apreensões e até prisões.  

Vício..
Partidos de oposição e entidades representativas de servidores públicos estudam entrar com Ações Diretas de Inconstitucionalidade no STF questionando pelo menos 15 MPs, resoluções do Senado e projetos de lei citados por ex-executivos da Odebrecht.

..de iniciativa
De acordo com os delatores, congressistas e ex-ministros receberam propina para aprovar matérias de interesse da empreiteira. O entendimento de constitucionalistas é de que as matérias têm claro “vício de iniciativa” e podem ser nulas.

Efeito Mensalão
O STF já foi provocado sobre a validade de matérias aprovadas sob suspeita de irregularidades. Após o julgamento do mensalão, com a condenação de dezenas de políticos, entidades ajuizaram ações nas quais pediam a inconstitucionalidade da Reforma da Previdência do primeiro Governo de Lula.

Meia boca
O partido e as entidades argumentaram que os 308 votos para a aprovação daquele texto foram comprados no mensalão, comprovado na Ação Penal 470. Mas parecer da PGR apontou que os congressistas ‘comprados’ não eram suficientes para aprovar o texto.

Alerta da toga
Presidentes de entidades de magistrados, procuradores e representantes do Ministério Público assinam manifesto contra a Reforma da Previdência e alertam para canetada judicial. “ (...) para além da injustiça profunda mantida contra os servidores públicos, não se sustentará perante o Poder Judiciário, fique alerta o País disso”, resume o texto.

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