Por caio.belandi

São Paulo - A força-tarefa da Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira, reconstituiu todos os passos do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, desde junho de 2014, quando supostamente ele deu início ao seu objetivo de tomar propina da Odebrecht. A investigação mostra que Bendine se reuniu com o empresário Marcelo Odebrecht na sede do Banco do Brasil, que fica no mesmo prédio ocupado pelo escritório da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista, em 23 de junho de 2014.

Aldemir Bendine teria pedido propina enquanto presidente do Banco do Brasil e, depois, da PetrobrasDivulgação

A pista sobre o encontro na Paulista foi localizada no Outlook de Odebrecht, que chama Bendine pelo apelido 'Dida' - na planilha de propinas da empreiteira, Bendine era 'Cobra'.

Inicialmente, segundo o Ministério Público Federal, Bendine exigia R$ 17 milhões da empreiteira, valor equivalente a 1% de uma dívida da companhia junto ao BB. Na ocasião, a instituição financeira era dirigida por Bendine. Os delatores empreiteiros afirmam que este pedido foi negado pela empreiteira.

Pouco antes de assumir a presidência da Petrobras, ainda segundo as delações, Bendine solicitou propina novamente, sob o argumento de que poderia prejudicar a Odebrecht na petrolífera, inclusive em relação à Operação Lava Jato, já em andamento. Dessa vez, a empreiteira avaliou que poderia realmente ser prejudicada e aceitou pagar R$ 3 milhões em propina.

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