Por rodrigo.sampaio

Distrito Federal - Um homem foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira, em Samambaia, no Distrito Federal, após uma discutir com vizinhos em um grupo de condomínio no WhatsApp. De acordo com a Polícia Civil, o autor dos disparos seria um PM reformado que morava no andar de cima ao da vítima. Adilson Silva, de 36, foi atingido duas vezes no tórax e morreu no local.

A discussão teria começado ainda por mensagens por volta das 18h. O policial militar José Arimatéia Costa enviou ao grupo uma foto de uma mancha branca na janela de sua varanda e acusou o seu vizinho de cima de ter "cuspido pasta de dente" pela janela.

Vizinhos discutiram no WhatsApp minutos antes de crimeReprodução WhatsApp

"Ô sem noção, que mora no 1803-A quando escovar seus dentes, vê se não cospe a meleca na casa dos outros, eu moro aqui no 1703-A e vir essa sujeira que cospiram lá de cima (sic)", escreveu José.

Revoltado, Adilson rebateu as acusações de maneira veemente, enviando diversas: "Meu amigo, tu tá ficando maluco, falando merda. Primeiro, olhe essa merda para depois falar. Me respeite, que educação eu tenho. Não vou escovar porra de dente em varanda. Olha sua porra direito, não fale merda que você não sabe", rebateu.

De acordo com a Polícia Civil, alguns minutos depois, a vítima mandou um áudio sugerindo que ambos resolvessem a situação pessoalmente. Testemunhas relataram que pouco tempo após a discussão cessar, foram ouvidos disparos. Uma mulher comentou no grupo que viu José sacar a arma e que havia acionado o 190.

O caso foi registrado na 26ª DP (Samambaia), que está investigando o crime. De acordo com o delegado Gutemberg Santos Moraes, os vizinhos chegaram a brigar fisicamente antes do homicídio.

"O senhor José foi até a residência do Adilson, a vítima, e passaram a discutir. Logo em seguida, entraram em luta corporal, momento no qual o seu José de Arimatéia sacou uma arma de fogo, e efetuou disparos contra a vítima", disse em entrevista ao DFTV.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, outros moradores do prédio onde ocorreu o crime prestaram depoimento na noite desta quinta. José Arimatéia vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e pode pegar até 30 anos de prisão.

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