Por thiago.antunes

Brasília - Acuado após a publicação da polêmica Portaria que estabelece novas regras para a caracterização de trabalho escravo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recebeu uma comissão de auditores na tentativa de angariar apoio da classe.

No encontro, o presidente do sindicato que representa a categoria, Carlos Silva, foi direto: “Não vemos outra saída a não ser a revogação”. Nogueira tem levado ao presidente Michel Temer a insatisfação geral. Para agradar a bancada ruralista, Temer vai segurar a Portaria até a votação da denúncia da PGR na Câmara. Depois de se livrar, pode recuar no texto. 

Debandada

Há leva de ministros e diretores de estatais de saída do cargo até fim de dezembro. O primeiro será o presidente do INSS, Leonardo Gadelha, até dia 15 de novembro.

Balanção

Muitos ministros já pediram suas equipes para levantar dados da gestão. Querem apresentar um balanção das suas ações até fevereiro. No fim de março se desvinculam.

Olha o nível

Alexandre de Moraes bateu boca com seguidores no Twitter neste fim de semana. Bem longe do vocabulário elegante que solta no pleno do Supremo Tribunal Federal.

Reforma de A a Z

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) elencou 50 técnicos para um grupo de trabalho que pretende apresentar aos presidenciáveis de 2018 um programa para uma verdadeira Reforma Tributária, “de A a Z”, como diz o presidente da entidade, Floriano de Sá Neto. Será titulado o “Novo Modelo Tributário”.

Déjà vu

A oposição, que hoje critica a exoneração de ministros-deputados para ampliar votos contrários à segunda denúncia contra o presidente Temer, usou a mesma tática para tentar salvar o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.

Votos vencidos

À época, os ex-ministros do PMDB Marcelo Castro, da Saúde; Mauro Lopes, da Aviação Civil; Celso Pansera (Ciência & Tecnologia) e o petista Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) deixaram as pastas para votar contra o impeachment.

A$$édio

De olho na eventual chegada de cassinos, fazendeiros assediam caciques que controlam belas reservas em beira de praia no Nordeste. Em encontro com um cacique há dias, o presidente da Funai, Franklinberg de Freitas, foi claro: “A terra é de vocês, da União!”

Fiquei

Eduardo Cunha tentou sair da prisão na última sexta-feira. Foi barrado por liminar do ministro do STJ Rogerio Schietti Cruz. Agora, além da Lava Jato, ele está enquadrado na Operação Sépsis, que cercou o doleiro Lúcio Funaro.

Te cuida

O MP do Rio tem dúvidas sobre a justificativa do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes sobre falsificar assinatura da mulher para abrir e fechar contas offshore nas quais recebeu propina. É porque os bancos exigem assinatura presencial para essas operações.

Presidente Ioiô

Temer é o Presidente Ioiô. Apresentou uma forte Reforma da Previdência e recuou. Topou o fim do imposto sindical e vai voltar atrás. Recuou no caso da reserva da Renca no Pará, e na concessão de aeroportos. E agora também na Portaria do trabalho escravo.

Motivação

No bojo desse sobe-e-desce, estratégia atrapalhada do presidente em querer agradar parlamentares nas iminências de votações importantes na Câmara Federal – como nas duas denúncias da PGR contra ele.

Vá entender

O mesmo Tribunal Superior do Trabalho que negou indenização a pastor sobre sua relação com uma igreja deu sentença favorável a outro pastor, este da Mundial do Poder de Deus. A igreja terá de pagar rescisão e direitos trabalhistas sobre 5 anos de serviços. As decisões foram de Turmas e relatores diferentes na Corte.

Bolso x Lula

Jair Bolsonaro está disparado na frente na cabeça do eleitor catarinense para presidente da República. É o que revela nova rodada da Paraná Pesquisas com sondagens presenciais em 64 cidades de Santa Catarina, com 1.554 entrevistados. Na estimulada, o deputado linha-dura aparece com 26,2%, seguido de Lula da Silva com 18%.

Os outros

No primeiro cenário, Geraldo Alckmin aparece em quarto (8,2%) atrás de Marina Silva (9,3%). Sem Alckmin, com Doria Jr no páreo, o prefeito paulista surge com 10,8%, na frente de Marina, com Bolsonaro e Lula nas mesmas posições, com pouca variação

Coluna de Leandro Mazzinni

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