Brasília - Considerado um dos fiéis defensores do presidente Michel Temer na Câmara, o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) comemorou a rejeição da segunda denúncia contra o presidente com música e dancinha. Antes mesmo do fim da votação, o parlamentar, que já deu declarações a favor do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, atualmente preso, se aproximou de alguns jornalistas que acompanhavam o processo e, literalmente, cantou vitória.
"Tudo está no seu lugar. Graças a Deus, graças a Deus. Surramos mais uma vez essa oposição, que não consegue nenhuma ganhar", disse Marun no ritmo da canção "Tudo Está no Seu Lugar", de Benito di Paula.
Pouco mais de um mês após chegar à Câmara, os deputados rejeitaram na noite desta quarta o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral).
Ao todo, foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções. Com isso, caberá ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comunicar agora à presidente do o Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, a decisão da Casa. Foram 486 votantes e 25 ausentes.
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Deputado da tatuagem volta a se manifestar a favor de Temer
Conhecido por fazer uma tatuagem falsa com o nome de Michel Temer na primeira denúncia, o deputado Wladimir Costa (SD-PA) voltou a se manifestar a favor do presidente nesta quarta.
Após um discurso acalorado na tribuna, o deputado ergueu uma faixa no plenário em que dizia "Deixa o homem trabalhar". O slogan foi usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha de 2006, após o escândalo do mensalão.
A oposição também usou cartazes para se manifestar. Alguns deputados seguraram placas em formato de patos amarelos, dizendo que quem está "pagando o pato" durante o governo Temer é o trabalhador. O protesto foi uma referência à campanha da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) durante o impeachment.
Com informações do Estadão Conteúdo