Por thiago.antunes
Brasília - A cúpula petista faz um esforço para tentar acalmar o partido diante da decisão do TRF-4 de marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento do processo que pode tornar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inelegível.
Com ajuda de advogados que fizeram uma explanação na reunião da legenda ontem, o PT tenta emplacar a narrativa de que o processo criminal no qual Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão e o da inelegibilidade são procedimentos jurídicos de trâmites separados.

A viabilidade eleitoral só começa a ser debatida a partir de 15 de agosto de 2018, quando se encerra o prazo para inscrição das candidaturas na Justiça Eleitoral.

A direção petista busca conter insatisfações internas em função das dificuldades de articulação de alianças regionais causadas pela insegurança em relação à candidatura do ex-presidente e ganhar tempo com possíveis aliados assustados com a marcação da data para o julgamento do petista antes do previsto.

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"Só para deixar claro, não estamos discutindo alternativas. Nosso candidato é Lula e não temos plano 'B'", afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Segundo o advogado paranaense Luiz Fernando Pereira, seja qual for a decisão do TRF-4, para a Justiça Eleitoral a discussão sobre a elegibilidade do petista só começa a partir do pedido de registro de candidatura e, mesmo que Lula seja barrado, haverá tempo hábil para o PT trocar de candidato.
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