Demissão de Alex Carreiro do cargo de presidente da Apex havia sido anunciada por Ernesto Araújo nesta quarta-feira - Divulgação / Apex
Demissão de Alex Carreiro do cargo de presidente da Apex havia sido anunciada por Ernesto Araújo nesta quarta-feiraDivulgação / Apex
Por O Dia

Rio - Após ter a demissão anunciada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Alex Carreiro, teve expediente normal na empresa nesta quinta-feira. Em paralelo, o presidente Jair Bolsonaro recebeu hoje o embaixador Mario Vilalva, indicado para a presidência da empresa, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. À noite, pelo próprio Bolsonaro, veio a confirmação da primeira baixa num posto de comando do Executivo federal após Carreiro desafiar o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. 

A demissão ocorreu em meio à tentativa do governo de superar divergências entre os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) e depois da polêmica em torno da promoção de Antônio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, para o cargo de assessor especial da presidência do Banco do Brasil com salário do triplo do atual.

Segundo o site do jornal O Globo, a assessoria da Apex informou que o chanceler "não tem autonomia para demitir", e que "até o Bolsonaro demiti-lo, ele é o presidente da Apex".

No tweet de Ernesto Araújo anunciando a demissão, o nome do embaixador do Brasil na Alemanha, Mário Vilalva, havia sido indicado para o cargo.

Foi o próprio Araújo quem indicou Alex Carreiro para o cargo, mas Carreiro enfrentou resistências de funcionários da Apex, de ministros, militares e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo fontes do Planalto. Nos corredores, a informação era de que ele mal falava inglês. Ele era filiado ao PSL e atuou na liderança do partido na Câmara entre 2011 e 2013 e depois assessorou a Secretaria Nacional de Portos.

A Apex atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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