Presidente Jair Bolsonaro - Alan Santos / Presidência da República
Presidente Jair BolsonaroAlan Santos / Presidência da República
Por O Dia

Rio - O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira mudanças na legislação com a participação de todas as esferas de todos os Poderes e da imprensa para impedir o avanço da violência no país. A afirmação foi feita em referência a um vídeo que pode ser visto na conta pessoal de Bolsonaro no Twitter.

Nas imagens, aparece um prédio incendiado no Ceará e uma voz masculina ameaçando o presidente com xingamentos. 

“Note a necessidade mais que urgente de se mudar a legislação com participação de todas as esferas de Poderes e Imprensa”, escreveu o presidente destacando a palavra “imprensa” com letra maiúscula.

Ao se referir ao vídeo, Bolsonaro afirmou que a população precisa ter uma resposta urgente e que não aceita ameaças. “Não porque o marginal ameaça, citando meu nome, mas para mostrar ao povo ordeiros de que lado estão o Executivo, Legislativo e Judiciário.”

Minutos depois, em um novo tuíte, o presidente destacou que os criminosos "sabem exatamente o que fazem". "Combatê-los é simples e rápido, mas requer que os Poderes permitam mecanismos para realmente defender a população", acrescentou. Segundo Bolsonaro, "é necessário [adotar] ações para que os agentes de segurança possam dar a efetiva resposta".

No vídeo divulgado por Bolsonaro em rede social, aparece um posto de combustíveis sendo incendiado e a voz de um homem afirmando que, se Bolsonaro continuar "oprimindo os irmãos", "o fogo vai pegar na Caucaia", em referência ao município da região metropolitana de Fortaleza.

Na mesma rede social, Bolsonaro cumprimentou outro internauta que defendeu respaldo jurídico para agentes de segurança pública "atirar e matar esses vermes de nossa sociedade". A resposta ao comentário foi um "bom dia" e um ícone de positivo com o polegar - ou "joinha", como a imagem é chamada nas redes sociais.

Ataques no Ceará

A onda de violência no Ceará começou há mais de uma semana. Prédios e ônibus são incendiados, e moradores temem sair às ruas por causa dos riscos constantes.

A Força Nacional foi enviada à região para atuar com os agentes de segurança locais, assim como presos considerados mais perigosos foram transferidos para presídios federais.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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