Familiares velam corpo das vítimas de ataque na Escola Raul Brasil na Arena Suzano, em Suzano, na manhã desta quinta-feira - Paulo Guereta/Parceiro/Agência O Dia
Familiares velam corpo das vítimas de ataque na Escola Raul Brasil na Arena Suzano, em Suzano, na manhã desta quinta-feiraPaulo Guereta/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia

São Paulo - O velório dos corpos de seis das 10 vítimas do ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, acontece desde às 7h desta quinta-feira na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. O espaço está lotado de parentes, amigos e moradores da região, que se solidarizam com o massacre que chocou o país e teve repercussão mundial. A cerimônia é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. 

Estão sendo velados na Arena Caio Oliveira, 15 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, 17 anos; Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos; Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos; Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos; e Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos. Uma missa ecumênica acontecerá às 14h.

Familiares velam corpo das vítimas de ataque na Escola Raul Brasil na Arena Suzano, em Suzano, na manhã desta quinta-feira - Paulo Guereta/Parceiro/Agência O Dia

A arena está aberta ao público em geral e familiares das vítimas estão em uma área reservada, separada por uma grade. O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, compareceu na cerimônia, assim como o ministro da Educação, Ricardo Vélez. O enterro das vítimas veladas na Arena Suzano está previsto para às 17h no Cemitério São Sebastião. 

O corpo da coordenadora pedagógica Marilena Umezo será sepultado apenas no sábado, pois um dos filhos virá do exterior. Já o velório de Douglas Murilo Celestino, 16 anos, começou por volta de 1h em uma igreja evangélica em Suzano. O corpo do empresário Jorge Antonio de Moraes, tio de um dos autores do massacre, é velado no Cemitério Colina dos Ypês, em Suzano, onde será sepultado.

Velório de vítimas de ataque na Escola Raul Brasil é realizado na Arena Suzano, em Suzano, na manhã desta quinta-feira - Paulo Guereta/Parceiro/Agência O Dia

Atiradores serão enterrados por último

Os autores do massacre não terão velório e serão enterrados em horário diferente do das as vítimas.

Um deles será enterrado no Cemitério São João Batista, conhecido como cemitério do Raffo. O outro, no cemitério São Sebastião. Os sepultamentos estavam previstos para às 12h30.

Como foi o massacre

Por volta de 9h15, um dos atiradores entrou na loja de carros seminovos de um tio, Jorge Antônio Moraes. Ele disparou três vezes contra seu tio, que o teria repreendido por ter abandonado os estudos. Foi a primeira morte do dia. O rapaz embarcou em um carro, alugado pouco antes, onde estava o segundo atirador. Os dois seguiram para a escola, que fica a 350 metros da loja. Alertada, a polícia foi atrás do carro, um Ônix branco. Quando o localizou, na porta da escola, o tiroteio no interior do prédio já estava em curso.

A câmera no pátio da escola mostra que um dos criminosos, após sacar o revólver, atinge estudantes e funcionários e depois segue em direção a uma das salas da escola, onde havia cerca de 400 alunos. Em seguida, o outro entra e se arma com uma besta (uma arma que dispara flechas) e uma machadinha, com a qual atinge as pessoas já caídas no chão, antes de seguir o amigo.

Os dois rapazes tinham se preparado para a ação, pesquisando massacres semelhantes em escolas no Brasil e, principalmente, nos Estados Unidos. Nas mochilas que levavam, havia ainda três coquetéis molotov e um arco e flecha comum.

Cinco alunos e dois funcionários foram mortos em menos de dez minutos. Quando os assassinos avistaram policiais que tinham entrado na escola, o mais jovem puxou o amigo para um corredor, atirou na cabeça dele e, em seguida, se suicidou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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