Por Padre Omar

Muitas vezes reclamamos das dificuldades, da correria do dia a dia e do rumo que nossa vida está tomando, e nem percebemos o quanto estamos distantes de Deus. Temos sempre que insistir na oração. Os Evangelhos transmitem retratos vivos de Jesus como homem de oração: Jesus rezava. Não obstante a urgência da missão e a necessidade de pessoas que o reivindicavam, Jesus sentia a necessidade de se afastar e de orar.

Jesus orava como todos os homens do mundo. E no entanto, no seu modo de rezar, havia também um mistério, algo que certamente não escapava aos olhos dos seus discípulos. Eles viam Jesus rezar e tinham vontade de aprender a orar: "Senhor, ensina-nos a rezar". E Jesus não se recusou. Também nós devemos dizer: "Senhor, ensina-me a rezar". Mesmo se rezamos há muitos anos, devemos sempre aprender! O Papa Francisco destacou que na oração que Jesus nos ensinou, apesar da recomendação feita para falar com Deus no segredo da nossa consciência, Jesus não nos ensina uma oração intimista ou individualista. Na oração do Pai Nosso, há uma palavra que brilha pela sua ausência: o 'eu'. Primeiramente nos dirigimos a Deus como alguém que nos ama e escuta e, depois, quando lhe apresentamos uma série de pedidos, os fazemos na primeira pessoa do plural, 'nós', isto é, rezamos como uma comunidade de irmãos e irmãs.

À oração, o cristão leva todas as dificuldades e sofrimentos de quem está ao lado, tanto dos amigos como de quem lhe faz mal, imitando a compaixão que Jesus sentia pelos pecadores. Todos podemos ir além e rezar melhor ao pedir: "Senhor, ensina-me a rezar". Façamos isto e Ele certamente não deixará cair no vazio a nossa invocação.

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