Por PAULO CAPPELLI

Rio - Candidatos ao governo do Rio, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) estão na mira do Ministério Público Eleitoral. Os procuradores receberam denúncia de que os dois postulantes ao Palácio Guanabara usaram a internet para fazer propaganda antecipada.

No caso de Paes, o objeto da representação é uma postagem feita anteontem em sua página no Instagram. No vídeo, o ex-prefeito diz "por que quer ser governador" e, na legenda, afirma que o estado precisa "de alguém que proponha soluções e tenha capacidade de realização". E finaliza: "Eu fiz isso nos 8 anos em que estive na prefeitura e agora quero fazer por todo o estado".

Já Garotinho usou o seu perfil no Facebook para atacar Paes. No vídeo publicado segunda-feira, o ex-prefeito aparece ao lado do ex-governador Sérgio Cabral comemorando a escolha do Rio para sediar a Olimpíada de 2016. Garotinho escreveu: "As mesmas caras, partidos que afundaram nosso ESTADO escolheram o candidato que vai representá-los. Cabral será Eduardo Paes."

A legislação só permite que campanhas sejam feitas "após o dia 15 de agosto", ou seja, a partir do dia 16.

Quebra de isonomia

Sem citar caso específico, o coordenador de Fiscalização de Propaganda do Tribunal Regional Eleitoral, Mauro Nicolau, reforça que antes do período eleitoral a legislação proíbe até mesmo o chamado 'pedido de voto implícito', quando o candidato aborda as eleições e se oferece como opção: "Isso quebra a igualdade de condições".

Ilegal, mas banal

Como a punição máxima para propaganda antecipada é o pagamento de R$ 25 mil em multa, muito político está pouco se importando se vai ser pego. "Na minha opinião, todos os presidenciáveis têm feito propaganda antecipada", diz Sidney Madruga, procurador regional responsável por fiscalizar as eleições no Rio.

O 'Dia D'

O PR decide nesta sexta-feira se vai integrar a chapa de Paes (DEM) ou a de Romário (Podemos) ao governo. Aliado do ex-prefeito, Rodrigo Maia (DEM-RJ) quebra a cabeça para montar coligações para a disputa à Alerj e à Câmara dos Deputados que agradem a Altineu Côrtes, presidente do PR-RJ.

O atacante do Baixinho

Romário contratará Rodrigo Bethlem para cuidar de sua estratégia de campanha o acordo foi selado nesta quinta-feira. Ex-secretário de Governo de Paes, Bethlem é hoje desafeto do ex-prefeito, praticamente um inimigo íntimo.

Segue

Bethlem também atuou na campanha de Marcelo Crivella (PRB) à prefeitura em 2016. Na ocasião, derrotou Pedro Paulo Carvalho (DEM-RJ), indicado por Paes. Agora, quer superar o próprio. Como na última eleição, Bethlem afirmou que não ocupará cargo no governo caso Romário vença a disputa.

Os 'Eduardos' de Marina

Com a definição de Eduardo Jorge (PV) como vice de Marina Silva (Rede) à Presidência, está praticamente consumada a candidatura do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, à Câmara dos Deputados. "É só a Marina confirmar, que assim farei", diz. Como bom rubro-negro... Bandeira segue a líder.

Lava Jato na Alerj

A Lava Jato colheu provas contra deputados estaduais. Vem operação antes da eleição?

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