Romário e Paes disputam lugar no Palácio Guanabara - Marcelo Camargo e Fernando Frazão/Agência Brasil
Romário e Paes disputam lugar no Palácio GuanabaraMarcelo Camargo e Fernando Frazão/Agência Brasil
Por PAULO CAPPELLI

Anunciado pelo candidato ao governo Romário (Podemos) como o seu "futuro secretário de Fazenda", Guilherme Mercês parte para o ataque e diz que as propostas feitas por Eduardo Paes (DEM) são "promessas impossíveis". O ex-economista-chefe da Firjan calcula que as medidas anunciadas por Paes gerariam gastos de R$ 3,3 bilhões, sendo que o déficit previsto para o ano que vem é de R$ 10 bilhões.

À Coluna, o ex-prefeito do Rio rebateu a crítica: "Eu não vou debater com um sujeito que nem candidato é. O que eu posso depreender disso é que, pelo jeito, o economista do Romário (caso assuma a Fazenda) não vai conseguir realizar nada. No meu governo, a gente faz. Já mostrei isso."

Dados

Entre as "promessas impossíveis" de Paes elencadas por Mercês estão a implementação dos programas 'Cartão Família Fluminense', espécie de Bolsa Família, e 'Poupança Escola', que gerariam R$ 600 milhões em despesa por ano. Propostas na Saúde, como a criação do 'Cegonha Fluminense', que assistiria ao pré-natal, e apoio a municípios gerariam gastos anuais de R$ 300 milhões. Além da medida anunciada de, "recuperada a capacidade financeira, expandir a malha metroviária". Mercês lembra que cada estação da Linha 4 do metrô saiu por preço médio de R$ 2 bilhões.

Segue

Perguntado sobre como resolver a equação, Paes é sucinto: "Sou bom gestor. Deixa comigo."

Ah, o passado...

Colaboradora da Coluna faz intriga. E, como o Informe gosta de intrigas, não poderia deixar de publicar. A leitora lembra que, em 2016, Mercês comandou estudo que culminou com o 'Índice Firjan de Gestão Fiscal'. O levantamento, ainda disponível no site da Firjan, atestou: "O grande destaque é a cidade do Rio de Janeiro, que apresentou a melhor situação fiscal entre as capitais do Brasil." Na ocasião, Paes era o prefeito.

Trair e coçar

Candidato ao Senado, Cesar Maia (DEM) foi festejado ontem em almoço com cerca de trinta deputados estaduais, no Centro. No beija-mão, políticos cujos partidos apoiam outros nomes ao Senado. Caso de Thiago Pampolha, do PDT, e de Bruno Dauaire, do mesmo PRP de Anthony Garotinho. O petista André Ceciliano também foi. Antes, ligou para Lindberg Farias, postulante do PT ao Senado, e amaciou: "São dois os votos para senador. O meu primeiro será seu."

Bolsonaro e a maconha

Foi criado um grupo no Facebook com o título: 'Maconheiros contra Bolsonaro'. Os integrantes prometem fazer ato na Cinelândia em dez dias. Até ontem, 1.600 pessoas haviam "demonstrado interesse" em ir ao evento.

Petista no páreo

O Tribunal Regional Eleitoral decidiu, por unanimidade, manter a candidatura do deputado estadual Waldeck Carneiro (PT). O Ministério Público Eleitoral pedia a impugnação.

O mundo dá voltas...

Duas das mais aguerridas vereadoras de oposição a Crivella (PRB) integraram, neste mesmo mês de setembro, só que do ano passado, o governo municipal. Teresa Bergher (PSDB) e Rosa Fernandes (MDB) eram contempladas a tucana, com o comando de uma pasta; a emedebista, com indicações. Ontem, ambas juntaram esforços e colheram assinaturas para abrir CPI contra o prefeito.

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