A Coluna entrevista hoje o vereador Cesar Maia, candidato do DEM ao Senado. Perguntado sobre preferência entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que lideram as pesquisas à Presidência, Maia preferiu não opinar. O ex-prefeito do Rio é pai do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O DIA: Há um ano, o senhor disse, em entrevista à Coluna, que não se candidataria ao Senado. Afirmou que, se fosse para ficar no Poder Legislativo, permaneceria vereador. O que o fez mudar de ideia?
Cesar Maia: Uma decisão que teve como base a necessidade de formar uma equipe com os quadros mais experientes para enfrentar a crise múltipla do Rio.
Na mesma entrevista, o senhor avaliou a administração de Eduardo Paes (DEM) na Prefeitura do Rio. Disse que ele "quis surfar na onda dos grandes eventos, e a onda o derrubou." Agora, vocês estão dividindo palanque. Não teme que possam surgir novas ondas durante eventual gestão no governo do estado? Considera Paes o melhor candidato?
Isso só reforça a ideia de contarmos com os quadros mais experientes e testados.
Mas quando o senhor disse que "a onda derrubou" Eduardo Paes, deu a entender que a administração dele na prefeitura não passou no teste...
Essa foi uma experiência importante para todos os níveis de governo ao imaginarem que um grande evento era suficiente para o desenvolvimento sustentável.
Entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que lideram as pesquisas, quem seria melhor presidente, na sua opinião. E com qual deles acredita que o seu filho Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, teria melhor relação?
Os resultados de hoje das pesquisas mostram que é um quadro em afunilamento e portanto um segundo turno em aberto.
Mas entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad?
Só vou me debruçar no segundo após o término do primeiro.
Por que o senhor quer trocar a Câmara Municipal pelo Senado?
A função precípua do senador é representar seu estado. Com a experiência de ex-secretário de Fazenda, deputado constituinte, deputado federal, prefeito do Rio por três vezes e vereador, seria natural propor meu nome ao Senado.
Quais as pautas que o senhor pretende levantar em Brasília?
Nos primeiros três meses, o estudo dos orçamentos aprovados da União e do Estado do Rio. Quero ajudar o acordo de continuidade das atuais ações de Segurança Pública sob a liderança do governador Eduardo Paes. Lutar por recursos para a recuperação da rede hospitalar, para a rede universitária, para obras estruturais como a ligação ferroviária do Porto do Açu à malha ferroviária do leste.