Carlos Lupi e Pedro Fernandes ladeiam Ciro Gomes, durante agenda de campanha do então candidato à presidência da República - Divulgação/ PDT
Carlos Lupi e Pedro Fernandes ladeiam Ciro Gomes, durante agenda de campanha do então candidato à presidência da RepúblicaDivulgação/ PDT
Por PAULO CAPPELLI

Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi sobe o tom e diz que Pedro Fernandes precisa "sair debaixo da saia da mãe" e assumir a "maioridade eleitoral". Fernandes disputou o governo do Rio pelo partido e, ontem, declarou apoio a Wilson Witzel (PSC) no segundo turno, contrariando a decisão do PDT de caminhar com Eduardo Paes (DEM).

"Essa atitude vai depor contra ele no futuro. O PDT o recebeu de braços abertos. No primeiro turno, deixamos de apoiar o Eduardo, que nos ofereceu a vice na chapa, para lançar o Pedro. Dedicamos à campanha do Pedro o pouco fundo partidário que tínhamos. Aí ele me procura pouco antes de fazer o anúncio e diz que o grupo político dele decidiu apoiar Witzel! Estou profundamente decepcionado. Ele tem que se libertar da liderança materna e construir o seu próprio caminho", afirma Lupi, referindo-se à vereadora Rosa Fernandes (MDB), mãe e conselheira de Pedro Fernandes.

Climão

Segundo Lupi, Pedro Fernandes ignorou a vontade do PDT: "Na semana passada, nos reunimos com 22 lideranças da executiva estadual. Naquela ocasião, ninguém, nem mesmo o próprio Pedro, votou pelo apoio a Witzel. Uma candidatura do PDT ao governo do Rio era fundamental no primeiro turno por conta do projeto do Ciro Gomes à Presidência. Mas avalio que o Eduardo foi um baita prefeito, tanto que tentei trazê-lo para o partido."

Pacificador

Um dos objetivos de Fernandes é colaborar para que Witzel adote na campanha um tom mais propositivo e de menos embate.

Mudança geral

Finda a ressaca do primeiro turno, quando recebeu menos da metade dos votos de Witzel, Paes decidiu mudar o organograma de sua campanha. A coordenação geral agora está a cargo do deputado federal Pedro Paulo (DEM), que antes, preocupado com a própria reeleição, coordenava apenas a campanha de Paes na capital, junto com o vereador Thiago K. Ribeiro (MDB). Já Carlos Osorio (PSDB) perdeu prestígio e, ontem, sequer foi à reunião de coordenadores. O encontro, aliás, foi transferido de um prédio na Barra para o escritório de Pedro Paulo.

Conflito de interesses

De olho na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, André Corrêa (DEM) foi outro que, de comum acordo, afastou-se da coordenação de Paes.

Os 'quatro mosqueteiros'

Quatro políticos articulam a campanha de Corrêa à presidência da Alerj: Luiz Martins (PDT), Thiago Pampolha (PDT), Jair Bittencourt (PP) e Carlo Caiado (DEM). Pelas contas de Corrêa, ele já soma 39 votos. Adversário no pleito, André Ceciliano (PT) diz ter o apoio de... 39 deputados. Ocorre que a Alerj tem no total 70 parlamentares.

Conclusão

Ou um dos 'Andrés' está errando feio nas contas ou tem malandro prometendo o apoio a ambos.

Pingos nos 'is'

Acusado por tucanos do Rio de prolongar seu mandato à frente do PSDB-RJ, o deputado Otavio Leite rebate: "Não houve prorrogação. Fui eleito em convenção partidária, em 2017, para exercer a presidência até maio de 2019."

Moradores atendidos

Após rompimento de tubulação da Cedae em Prados Verdes, em Nova Iguaçu, a Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, presidida por Luiz Martins, instalou um ponto de atendimento no bairro.

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