André Corrêa foi reeleito este ano para o quinto mandato (1999-2018) e disputa a presidência da Alerj para 2019. Foi secretário de Meio Ambiente de Luiz Fernando Pezão (MDB) e já havia ocupado o cargo entre 1999 e 2002. Antes das Olimpíadas no Rio, chegou a mergulhar em na Baía de Guanabara para mostrar que a água estava limpa para receber provas. Segundo o MPF, recebia R$ 100 mil de 'mensalinho' - Divulgação
André Corrêa foi reeleito este ano para o quinto mandato (1999-2018) e disputa a presidência da Alerj para 2019. Foi secretário de Meio Ambiente de Luiz Fernando Pezão (MDB) e já havia ocupado o cargo entre 1999 e 2002. Antes das Olimpíadas no Rio, chegou a mergulhar em na Baía de Guanabara para mostrar que a água estava limpa para receber provas. Segundo o MPF, recebia R$ 100 mil de 'mensalinho'Divulgação
Por PAULO CAPPELLI

André Corrêa (DEM) articula sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa do Rio e diz contar com a adesão de 41 deputados. De olho no apoio do PSL de Bolsonaro, Corrêa afirma que, à frente da Alerj, não permitirá que o Psol ocupe a presidência de comissões como Direitos Humanos e Educação. "Pretendo também disponibilizar na internet todos os contratos da Casa e aumentar a participação de deputadas mulheres na mesa diretora", garantiu.

O DIA: O senhor começou a articular a sua candidatura à Presidência da Assembleia Legislativa quando tudo levava a crer que o seu correligionário Eduardo Paes (DEM) seria eleito governador do estado. Agora, no segundo turno, as pesquisas mostram vantagem do adversário Wilson Witzel (PSC). A sua candidatura à presidência está mantida mesmo em caso de vitória de Witzel?

André Corrêa: Eu ainda acredito muito que o Eduardo (Paes) vai vencer. O Eduardo vencerá a eleição. Se a população decidir diferente, serei candidato independentemente de quem for governador. Até porque os poderes são independentes, mas sobretudo harmônicos. E a minha postura sempre foi de buscar diálogo e harmonia.

Comandado no Rio por Flávio Bolsonaro, o PSL, que terá a maior bancada da Alerj na próxima legislatura, diz que não aceitará um presidente do PT, referindo-se ao petista André Ceciliano, que hoje comanda o Parlamento. O senhor já pediu o apoio do PSL?

Tenho mantido conversas avançadas não só com o senador Flávio Bolsonaro, mas com toda a bancada do PSL. Já conversei pessoalmente ou por telefone com todos os 13 deputados do PSL e assumi alguns compromissos com o Flávio e com a bancada.

Quais compromissos?

Por exemplo: o Psol não manterá a presidência da Comissão de Direitos Humanos e nem ocupará a presidência da de Educação, como foi prometido a eles pelo meu xará André Ceciliano.

Quais os outros compromissos?

Prefiro não detalhar mais do que isso agora.

Tanto o senhor quanto André Ceciliano disseram à Coluna, em outras ocasiões, que não disputariam a eleição um contra outro...

O Ceciliano é meu irmão fraterno, mas não há nenhuma possibilidade de eu não disputar a eleição. A dificuldade que ele está tendo não é na pessoa física, mas na pessoa jurídica do partido dele, o PT. Tenho certeza de que o Ceciliano, pessoa inteligente, vai entender que o problema não é ele, mas o partido. O PT, em qualquer cenário, não tem viabilidade política para ocupar a Presidência da Alerj.

O deputado Márcio Pacheco, do mesmo PSC de Witzel, tem dito que pretende concorrer à presidência da Alerj.

Ele e eu firmamos um pacto de não disputarmos um contra o outro. Isso quer dizer que o Márcio Pacheco terá um papel fundamental, estratégico e relevante na Alerj independentemente de quem seja o futuro governador.

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