O deputado estadual Renan Ferreirinha (PSB) - Divulgação
O deputado estadual Renan Ferreirinha (PSB)Divulgação
Por CÁSSIO BRUNO

Deputado mais jovem da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Renan Ferreirinha (PSB), de 25 anos, é formado em Economia e Ciência Política, em Harvard, graças a uma bolsa integral. Nascido em São Gonçalo, foi eleito com 24.854 votos e realizou processo seletivo para contratar assessores. Foram chamados oito de 4.935 inscritos.

Em entrevista à Coluna, Ferreirinha diz estar surpreso com a "inchada estrutura" da Alerj. Ele é contra as manobras para darem posse aos deputados presos pela Furna da Onça e critica as investigações do caso Marielle: "Lentas e confusas".

O DIA: Qual é a sua impressão da Alerj nesses primeiros meses?

RENAN FERREIRINHA: Por um lado, é notório que há uma oportunidade na Alerj de causar impacto positivo. Por outro lado, confesso que chama a atenção a elevada quantidade de cargos e a inchada estrutura da Casa.

Qual é a principal dificuldade que tem encontrado?

Nosso gabinete funciona como uma startup. Mas diante da burocracia da Casa, por vezes, ficamos travados. A Alerj não tem um manual, um guia para quem está chegando, por exemplo. Tivemos que nos virar para descobrir como e onde funciona o quê.

Por que decidiu fazer processo seletivo para contratar assessores?

Assim que eu e outros parlamentares amigos do Acredito, movimento de renovação política do qual sou cofundador, fomos eleitos, decidimos que faríamos processos seletivos para compor nossos times. Assim, encontraríamos as pessoas mais capacitadas para o serviço público.

Como avalia até agora o governo Witzel?

É cedo para analisar. Eles vivem lembrando a herança maldita do grupo político anterior, que de fato é escabrosa. Mas já é hora de apresentarem um plano de gestão estratégico. Até porque eles sabiam das condições do estado quando se candidataram.

Você fará parte da base do governo?

Não. Um dos motivos que levaram o Rio para o buraco foi a estreita e perversa relação entre Alerj e governos passados. Como eu disse ao Witzel, terá meu apoio o que eu acreditar ser bom para o Rio e minha oposição o que considerar ruim.

Como tem visto as investigações do caso Marielle?

Apesar de terem apontado recentemente os executores, as investigações até aqui foram muito lentas, confusas e ainda restam muitas dúvidas.

É a favor de deputados presos tomarem posse?

Não. Fui um dos primeiros deputados a ser contrário. Acredito que devem ter direito de defesa. Porém, por uma questão de moralidade e transparência, não devem tomar posse. Ou é preso ou e é deputado.

O Coaf diz que assessores do seu colega do PSB, Carlos Minc, fizeram movimentações bancárias suspeitas de R$ 16 milhões.

Ele esclareceu, explicando que as movimentações dos assessores foram legais.

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