Futuro ao alcance - Reprodução da internet
Futuro ao alcanceReprodução da internet
Por Herculano Barreto Filho

A tecnologia dita quais serão os próximos passos do setor de seguros. Experiências bem-sucedidas em países da Europa e nos Estados Unidos movimentam especialistas na área. De olho nas novas tendências, a seguradora Mongeral Aegon organizou um evento sobre 'Inovação e Tendências' na semana passada, na sede da empresa, no Centro do Rio. Um ambiente que estimulou a discussão sobre as novidades envolvendo inteligência artificial, machine learning (aprendizado de máquina) e outras novidades num mundo cada vez mais dinâmico e conectado. O seguro On-Demand, que oferece apólice por um período limitado para proteger um bem durante uma visita a um local perigoso, já é comum nos Estados Unidos e Inglaterra. Mas só deve chegar ao país no começo de 2019.

Uma das principais preocupações das seguradoras é aliar tecnologia com um atendimento personalizado, oferecendo ao cliente uma solução com o seu DNA. Literalmente. Com informações genéticas de um segurado, é possível até prevenir doenças. Uma realidade nem tão distante do que a tecnologia oferece. Em qualquer farmácia dos Estados Unidos, há acesso a um exame de DNA com o uso de um cotonete para coletar a saliva.

No Brasil, já existem empresas adotando o método. Essa tecnologia pode ser aplicada pelas seguradoras para traçar um perfil do cliente e até prevenir doenças. Ainda não há uma legislação que permita a prática, mas a seguradora Mongeral Aegon estuda o assunto. "Ainda há um debate ético sobre o tema. Mas já é possível individualizar um seguro pela genética", explica Alexandre Pompeu, gerente de Experiência do Cliente da Mongeral.

Outra tecnologia que desperta o interesse é um sistema de voz para fazer a interação pelo celular. "A diarista usa o google por voz para achar a lavanderia mais próxima. O motorista fala pelo aplicativo para achar o melhor destino do passageiro. Esse tipo de interface também é tendência para as seguradoras. As pessoas querem falar mais e digitar menos. Mas o sistema tem que ser simples, rápido, eficiente e personalizado", explica Pompeu.

RELÓGIO 'BIOLÓGICO'

Enquanto um sistema de voz e o DNA do cliente ainda são projeções futuristas, os relógios inteligentes já são capazes de mapear o estilo de vida do cliente, controlando batimentos cardíacos e a pressão arterial. Um sujeito que pratica esportes, por exemplo, pode receber descontos. Chips instalados nos carros analisam as rotas e o estilo de direção do motorista. Com isso, as seguradoras conseguem oferecer descontos na hora de fechar negócio. E, cada vez mais, se aliar à tecnologia para oferecer apólices cada vez mais personalizadas.

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