Iniciativa de ONG tem o objetivo de incentivar novos negócios em comunidades do Rio de Janeiro
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Por Herculano Barreto Filho

Na semana passada, a coluna revelou uma negociação entre a JLT e quatro clubes do futebol brasileiro, que discutem a possibilidade de contratar um tipo de seguro ainda inédito no país. Com apólices de 15 equipes das principais ligas da Europa, a corretora de seguros e resseguros estuda os detalhes do mercado nacional há dois anos. Hoje, há apenas seguros de vida tradicionais no Brasil. Em conversas com a CBF, Marcelo Blanquier, diretor de riscos para Esportes e Entretenimento da JLT Brasil, obteve até mesmo informações do seguro da seleção brasileira na Copa da Rússia.

A vantagem de um produto específico para a modalidade é a garantia de amenizar prejuízos com o pagamento de salários de jogadores lesionados. "É uma proteção financeira, que transfere o risco para a seguradora. Os clubes já perceberam que isso é importante. Quando um grande comprar uma apólice, a informação vai repercutir entre os outros clubes", projeta Blanquier.

Atacante Pedro, do Fluminense, sofreu lesão em confronto contra o Grêmio - MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Em conjunto com os setores financeiro e médico, o seguro é calculado de acordo com histórico de lesão, idade, posição e salário de cada jogador. Com essas informações, é feito um cálculo, que varia de 0,5% a 1,5% dos rendimentos do atleta. "Estou conversando com dirigentes para implantar essa cultura no futebol brasileiro. O problema é que o pessoal ainda não vê isso como um investimento", critica o diretor da JLT.

Ele acredita que um negócio possa ser fechado até o fim do ano, abrindo as portas para esse tipo de seguro no país. "O importante é a conscientização de que isso só traz benefício ao clube. Estamos quase chegando lá", acredita.

PESQUISA NA PREMIER LEAGUE

Um dos argumentos usados pela JLT para falar da importância do seguro é uma pesquisa anual feita pela própria seguradora em Londres. Nos seis primeiros meses da Premier League 2017/2018, as contusões custaram 134 milhões de libras (quase R$ 700 milhões). Até 6 de fevereiro, foram 438 lesões de atletas em atuação no futebol inglês. Em média, 22 por equipe, apontou o levantamento.

Gabriel Jesus atua no Manchester City, na Premier League - GLYN KIRK / AFP

No documento, a seguradora traçou um paralelo com o Brasil. 'A cobertura padrão contratada pelos clubes brasileiros é muito básica, a maioria tem apenas o seguro de vida tradicional, que só indeniza a família em caso de morte ou acidentes', afirma o estudo. 'As lesões acabam sendo uma perda dentro de campo, mas também nas contas, principalmente se for levado em consideração que no Brasil os atletas costumam jogar em diferentes campeonatos ao mesmo tempo, o que aumenta a chance de contusões', conclui o documento.

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