Messina não é categórico ao responder sobre data de pagamento do décimo terceiro e do reajuste - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Messina não é categórico ao responder sobre data de pagamento do décimo terceiro e do reajusteMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por PALOMA SAVEDRA

Rio - A Prefeitura do Rio definiu que o reajuste do funcionalismo será acima de 7%. O percentual corresponde ao período de dois anos (tendo em vista que a última correção foi em outubro de 2016), mas a data em que será concedido ainda não foi definida. A equipe econômica do município não garante, por enquanto, o aumento para este ano, assim como o décimo terceiro salário. Há expectativa de que a revisão salarial possa sair na folha de novembro — paga em dezembro —, apesar de o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, adotar um discurso mais conservador e preferir não cravar o mês.

Em entrevista à Coluna, Messina ressaltou o anúncio que fez na última terça em sua página no Facebook: de que o governo trabalha para pagar o abono ainda este ano, mas sem dar garantias. Questionado se há risco de o Executivo entrar 2019 com essa dívida com os servidores, ele respondeu que sim. E disse que "não será irresponsável" de confirmar o crédito "enquanto o dinheiro não estiver na conta" — ele conta com estimativa de receita.

Por outro lado, o secretário não escondeu um otimismo, e apontou a adoção de medidas (cortes de despesas e aumento de receitas) como a esperança para melhorar a situação financeira do Rio nesse segundo semestre. Um possível bom resultado da arrecadação vai viabilizar o depósito da primeira parcela do décimo terceiro em novembro, e da segunda parte em dezembro. O mesmo discurso serve para o reajuste.

"O décimo terceiro ainda não está garantido. Mas até fevereiro deste ano, os salários de junho e dos meses posteriores não estavam garantidos. E tomamos uma série de medidas para gerarmos receitas novas e de cortes que vêm dando resultado e, hoje, já refletem na capacidade de pagamento das conta. E o depósito do abono depende do resultado dessas medidas que continuamos implementando", afirmou.

Reforço de R$ 300 milhões

Em uma escala de 0 (zero) a 10, Messina disse que "6 é a chance de o reajuste sair este ano". Para bancar esse aumento na despesa das folhas, é necessário um reforço de caixa de R$ 300 milhões para 2019. Isso porque, caso a correção venha este ano, o impacto será menor — incidiria sobre os salários de novembro e dezembro, além do décimo terceiro.

Corte de aluguel de carros

O corte de despesas incluiu o fim de contrato de aluguéis de carros oficiais este ano. Segundo Messina, essa medida vai gerar, ao fim de 2018, uma economia de R$ 4,5 milhões.

"Nessa parte de gastos, também houve corte do contrato do 1746 e COR (Centro de Operações Rio), isso gerou economia de R$ 20 milhões. Unificamos a estrutura, e isso simplifica e barateia (os serviços)", disse.

Sobre ações para alavancar a receita, há o Concilia Rio renegociação de dívidas de pessoas físicas e jurídicas, cuja estimativa de arrecadação é de cerca de R$ 300 milhões; e o Mais Valia' e 'Mais Valerá' estabelecem condições para licenciamento de construções também devem incrementar o caixa do Rio em R$ 300 milhões.

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