Coordenadora da Rede ReciclaPorto, Maria Carolina Santos  (INT), durante palestra realizada na Companhia Docas do Rio de Janeiro.  - DIVULGAÇÃO
Coordenadora da Rede ReciclaPorto, Maria Carolina Santos (INT), durante palestra realizada na Companhia Docas do Rio de Janeiro. DIVULGAÇÃO
Por ANGÉLICA FERNANDES

RIO - Seis instituições federais instaladas na Zona Portuária se juntaram para dar vida a um projeto otimista de sustentabilidade. O ReciclaPorto vai promover uma série de práticas na região em benefício do meio ambiente, como a coleta de resíduos compartilhada entre os parceiros encaminhando o lixo diretamente para cooperativas de reciclagem, criação de hortas urbanas dentro dos prédios públicos, capacitação de funcionários e até a implantação de iniciativas no dia a dia do funcionalismo, como a substituição dos copos plásticos por opções ecológicas, de canecas e xícaras de fibra de coco.

Encabeçado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o projeto já tem a assinatura da carta de intenções, que oficializa as responsabilidades, dos dirigentes da Companhia Docas do Rio (CDRJ), Hospital dos Servidores do Estado (HSE), Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Superintendência Estadual da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Rio (SFA-RJ) e Tribunal Regional Federal (TRF-2).

O exemplo de substituir o copo descartável pelo de fibra de coco, idealizado pelo INT, é uma das ações que serão propostas para os parceiros. Nos últimos cinco anos, o órgão consumiu 2,3 milhões de copos, com custo médio de R$ 42 mil. A troca pelo artigo ecológico, com 600 copos e 600 canecas de coco para os funcionários, teve gasto de apenas R$ 8 mil.

"Esse custo pagamos em um ano e o produto tem durabilidade de cinco anos. Temos uma alta produção de coco no Brasil, então além de estarmos reaproveitando o material, ainda conseguimos economizar em dinheiro", destacou a coordenadora da rede ReciclaPorto e da comissão de logística sustentável do INT, Maria Carolina Santos.

Outro objetivo importante do projeto é inserir no dia a dia da burocracia do funcionalismo público as técnicas de sustentabilidade. Juntas, as seis instituições reúnem, em média, 7 mil funcionários.

"A administração pública tem investido em uma questão de eficiência de compras, contrato e licitações adotando critério sustentáveis. O ReciclaPorto vai ajudar nesse aspecto, desenvolvendo atividades conjuntas", completou Maria Carolina. A ideia é que, com os parceiros consolidados, o custo financeiro seja reduzido e o sustentável aumentado. "Fazer uma compra única de papel, por exemplo, para todas as instituições, sai mais barato pela quantidade e é apenas uma entrega, que resulta na economia de combustível e de tempo", destacou a coordenadora, que também capacita os profissionais da rede ReciclaPorto.

Plantação pelos prédios
Publicidade
Para engajar os funcionários e promover a interação com a comunidade, além de praticar o cultivo orgânico, o INT deu o pontapé para o programa de hortas urbanas nos prédios públicos. A ideia é ampliar essa atividade para os espaços das outras cinco instituições do ReciclaPorto. "Já promovemos workshops no INT e queremos que essa ideia se espalhe, inclusive com o apoio de escolas públicas da região", disse Maria.
A coleta seletiva em conjunto também é prioridade. Na quinta-feira, funcionários de Docas participaram de capacitação sobre o ReciclaPorto. O edital para chamada de cooperativas que vão recolher o material será divulgado em breve. Em Docas, a coleta vinha sendo feita por ONGs. "Mas era necessário um volume alto de material reciclado para retirada. Com a coleta compartilhada com as demais instituições, vamos conseguir destinar melhor até o lixo eletrônico (como pilha e bateria)", detalhou Aline Peixoto, superintendente de Relação Porto Cidade, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho.
Publicidade
Você pode gostar
Comentários