RIO - Seis instituições federais instaladas na Zona Portuária se juntaram para dar vida a um projeto otimista de sustentabilidade. O ReciclaPorto vai promover uma série de práticas na região em benefício do meio ambiente, como a coleta de resíduos compartilhada entre os parceiros encaminhando o lixo diretamente para cooperativas de reciclagem, criação de hortas urbanas dentro dos prédios públicos, capacitação de funcionários e até a implantação de iniciativas no dia a dia do funcionalismo, como a substituição dos copos plásticos por opções ecológicas, de canecas e xícaras de fibra de coco.
Encabeçado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o projeto já tem a assinatura da carta de intenções, que oficializa as responsabilidades, dos dirigentes da Companhia Docas do Rio (CDRJ), Hospital dos Servidores do Estado (HSE), Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Superintendência Estadual da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Rio (SFA-RJ) e Tribunal Regional Federal (TRF-2).
O exemplo de substituir o copo descartável pelo de fibra de coco, idealizado pelo INT, é uma das ações que serão propostas para os parceiros. Nos últimos cinco anos, o órgão consumiu 2,3 milhões de copos, com custo médio de R$ 42 mil. A troca pelo artigo ecológico, com 600 copos e 600 canecas de coco para os funcionários, teve gasto de apenas R$ 8 mil.
"Esse custo pagamos em um ano e o produto tem durabilidade de cinco anos. Temos uma alta produção de coco no Brasil, então além de estarmos reaproveitando o material, ainda conseguimos economizar em dinheiro", destacou a coordenadora da rede ReciclaPorto e da comissão de logística sustentável do INT, Maria Carolina Santos.
Outro objetivo importante do projeto é inserir no dia a dia da burocracia do funcionalismo público as técnicas de sustentabilidade. Juntas, as seis instituições reúnem, em média, 7 mil funcionários.
"A administração pública tem investido em uma questão de eficiência de compras, contrato e licitações adotando critério sustentáveis. O ReciclaPorto vai ajudar nesse aspecto, desenvolvendo atividades conjuntas", completou Maria Carolina. A ideia é que, com os parceiros consolidados, o custo financeiro seja reduzido e o sustentável aumentado. "Fazer uma compra única de papel, por exemplo, para todas as instituições, sai mais barato pela quantidade e é apenas uma entrega, que resulta na economia de combustível e de tempo", destacou a coordenadora, que também capacita os profissionais da rede ReciclaPorto.