Por daniela.lima

Rio - Na lista de prioridades de qualquer mulher casada, que se dedica integralmente ao trabalho e aos filhos pequenos, os exercícios físicos e os cuidados com o cabelo e com a pele fatalmente acabam ficando em segundo plano. Sabendo disso, Claudia Leitte tem se sacrificado diariamente para manter tudo em seu devido lugar. Aos 33 anos, a mãe de Davi (4) e Rafael (11 meses) leva uma “vida circense, viajando sempre com a casa nas costas”, mas, independentemente do cansaço mental e físico, ela reserva alguns minutos do seu dia à malhação. 

Claudia Leitte conta em novo DVD a história do ritmo que a consagrou Divulgação


“Às vezes, estou morta, mas levanto e faço um treino funcional no hotel. Me exercito na mesa e nas cadeiras mesmo”, conta a artista, que confessa não abrir mão de comer o que tem vontade. “Adoro meu chocolate, mas se é para jogar duro, eu jogo mesmo. Se eu me entregar às loucuras, eu não consigo ter performance no palco, cantar”, pondera.

Além da preocupação com o corpo, Claudia anda às voltas com a produção de seu novo DVD, ‘AxéMusic’, cuja gravação será dia 3 de agosto, em Recife. A ideia do projeto, que conta com 28 músicas, sendo 11 inéditas, surgiu durante o ócio criativo que teve durante a gravidez de Rafael. A proposta é contar a história do axé.

“Não é um DVD para fazer o povo pular. Minha preocupação é passar uma mensagem especial. Quero eternizar o estilo que me escolheu. Sou o que sou por causa do axé”, enfatiza a cantora, que garante não se importar mais com as críticas em torno do seu trabalho. “Hoje tenho maturidade para saber que sou famosa e que, da mesma forma que recebo afeto das pessoas, recebo críticas. É natural”, constata, alisando seus fios louros. “Eu adoro meu cabelo. Por isso, tenho uma pessoa que cuida dele o tempo todo. É muito estica e puxa durante os shows, um sofrimento para os fios. O profissional deve ter um carinho, né?”, diz. Há um segredo para mantê-lo na tonalidade certa, entrega a baiana. “Quando eu era mais nova, meu cabelo era louro dourado. Para dar uma quebrada, uso um xampu específico que evidencia o tom acinzentado”, explica.

Além da tonalidade certa dos fios, Claudia garante que encontrou um equilíbrio na vida. Ela confessa que se arrepende de ter se exposto em alguns momentos de sua carreira. “Já fiz coisas das quais eu me arrependo, sim. Mas quando eu olho para essas questões do passado, vejo que acabei aprendendo. E, quando você é mais jovem, acaba somatizando muito”, analisa. A família é seu refúgio para os problemas do dia a dia.

“Eu trabalho, trabalho, mas me sinto reenergizada no meio da chibata. Tenho uma mãe que me ajuda e um marido fora do normal. Minha avó falava que não pode elogiar o marido na frente de outras mulheres ou de outras pessoas, mas ele é demais. Ele é um pai excelente e um empresário fora do comum”, avalia, referindo-se a Márcio Pedreira, de 34 anos, com quem é casada há seis anos. 

Claudia Leitte conta em novo DVD a história do ritmo que a consagrou Divulgação


Investimento muito além do júri no reality 'The Voice'

Após a gravação do DVD ‘AxéMusic’, em agosto, Claudia Leitte não terá descanso. Em setembro, já começam as gravações do ‘The Voice’, da Globo, do qual é jurada. O programa, que deve estrear em outubro, aliás, tem consumido as horas da artista além do expediente na emissora. Encantada por Mira Callado, ex-participante da atração, Claudia decidiu apoiá-la na carreira, em parceria com sua empresa de gerenciamento artístico, a 2T’S.

“A Mira é muito talentosa, tem a voz linda. E ela sabe o que quer. Porque não adianta você chegar lá e dizer: ‘Ah, tenho o sonho de ser cantora, mas não sei bem para onde quero ir. O ‘The Voice’ é apenas a exposição do seu talento. E nem todos que têm talento conseguem fazer sucesso. Para passar por aquela porta, tem que ter foco e determinação”, ensina.

Por falar em foco, Claudia, que homenageia o axé em seu novo projeto, faz questão de enfatizar que o ritmo é a base de sua carreira. Mas diz que não descarta a possibilidade de cantar outros gêneros. “Sempre tive orgulho de dizer que sou cantora de música baiana. Mas me amarro na Wanessa, amo o Thiaguinho e o Michel Teló. Então, qual o problema de eu cantar aquilo que eu gosto e tenho vontade?”.

Quanto aos artistas que acabam seguindo outros caminhos na carreira musical, ela é enfática. “Uma atitude não denuncia uma vida inteira, mas um momento que se vive. Às vezes, pode ser que o artista esteja buscando uma coisa no meio disso tudo e acabe cantando um estilo diferente. Não é fuga, nem oportunismo descarado. Não dá para julgar”, avalia ela.

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