Rio - Na rotina do cartunista do DIA Aroeira, tem muito humor e muito som. “Comecei tocando violão. Meu pai me deu as primeiras noções de música e desenho. Passei aos 20 anos para o saxofone e nunca mais parei”, diz o desenhista-músico que, liderando a banda Aroeira & Seus Amigos, acompanha hoje os irmãos Chico e Paulo Caruso no show ‘Paparicando Papas’, no Bar do Tom, no Leblon.
O tema do show é a recente vinda do Papa Francisco. Mas outros cardeais sobem no palco. “Os papas da política e da picaretagem vão estar lá. Temos participações do José Dirceu, do Joaquim Barbosa... A presidente Cristina Kirchner (da Argentina) canta um tango com o Papa Francisco. E a outra presidente está lá também”, brinca, referindo-se à Dilma Rousseff.
Entre as demais gozações do show está o ‘Funk da Artrose’, composto por um dos ‘amigos’ da banda de Aroeira, o flautista Sérgio Magalhães. “Ele brincava nos ensaios: ‘Menos nota, menos melodia, menos música, isso é um funk!’”, conta. “A música é um proibidão. É proibida para menores de 45 anos”. Em clima de manifestação, os músicos lançam também a campanha ‘Passe Livre a Mão na Bunda dos Poderosos’.
Aroeira dedica-se ao jazz como os também humoristas e músicos Luiz Fernando Veríssimo, saxofonista, e Reinaldo Figueiredo, do grupo Casseta & Planeta, baixista. “O Veríssimo, então, é daqueles que encaram turnê de van como se tivesse 20 anos!”, admira o desenhista.
