Por tabata.uchoa

Rio - Embora tenha menos discos do que o ‘box’ ‘Como dizia o poeta...’, lançado em 2001 com reedições da discografia de Vinicius de Moraes (1913-1980), a caixa ‘A benção, Vinicius — A arca do poeta’ sintetiza em 18 álbuns e duas coletâneas a importância do compositor e poeta na música brasileira. Vinicius teve o mérito de escrever letras mais coloquiais, menos rebuscadas, sem prejuízo da qualidade poética.

A remasterização feita por Luigi Hoffer e Carlos Savalla valoriza as reedições no quesito som. Em contrapartida, álbuns emblemáticos, como ‘Os afro-sambas’ (1966), foram embalados na caixa sem suas capas originais por questões de ordem jurídica.

Vinicius de Moraes (1913 - 1980) tem 18 álbuns reeditados em caixaDivulgação

Marco inaugural da parceria de Vinicius com Tom Jobim (1927-1994), o musical ‘Orfeu da Conceição’ (1956) tem sua trilha sonora editada na caixa. Outra trilha (mais rara) é a do musical ‘Deus lhe pague’, composta por Vinicius com Edu Lobo em 1976.

Além dos afro-sambas feitos com Baden Powell (1937 - 2000), o cancioneiro de Vinicius destaca a parceria com Toquinho, enfocada na caixa em quatro álbuns. Outras parcerias (e foram muitas) estão representadas nos repertórios dos dois volumes do projeto ‘Poesia e canção’ (1966). Já a face infantil está exposta nos álbuns ‘Arca de Noé’ 1 e 2. O poeta extrapolou rótulos.

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