Rio - Os Beatles estão nos DNAs musicais de Dado Villa-Lobos, João Barone, Toni Platão e Leoni, segundo eles próprios. “Aos 8 anos, eu ficava na frente do espelho com uma raquete de tênis pendurada no pescoço, cantando o hit ‘Can’t Buy Me Love’”, recorda Dado. Essa superbanda oitentista, com o produtor Liminha no baixo e no comando dos trabalhos, revive a obra do grupo mais ilustre de Liverpool em cinco shows, a partir de setembro, na segunda edição do projeto ‘Banco do Brasil Covers’ — que traz ainda Maria Gadú cantando Cazuza e Zeca Baleiro repassando Zé Ramalho.
A turnê da turma começa em Natal (RN) e passa por Recife (PE), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS), e finaliza no Rio, entre 29 de novembro e 1º de dezembro, no Vivo Rio. Gadú e Baleiro ainda não começaram os ensaios. Dado, Barone, Platão e Leoni estão a toda.
“Inserimos o solo de ‘Drive My Car’ em‘Taxman’. E vão rolar medleys”, adianta Liminha. Todos suam para fazer bonito nos vocais (“principalmente em músicas gravadas quando os Beatles eram mais novos”, diz Platão). Já Dado se posiciona na guitarra. “Meu estilo está mais para o do John Lennon que o do George Harrison”.
“Beatles era um sonho antigo. Demos a ideia para o Lulu Santos em 2012 e ele quis homenagear Roberto e Erasmo Carlos. Mas queríamos uma banda com quatro roqueiros”, conta Monique Gardenberg, da Dueto, que produz o evento. O show beatle tem participações de Marjorie Estiano, André Frateschi (o Dr. Rochinha de ‘Saramandaia’), Paulo Miklos e Sandra de Sá.
Zeca e Gadú chegaram a imaginar outros homenageados. Ela cogitou Adoniran Barbosa ou Renato Russo. Baleiro pensou em Walter Franco, Martinho da Vila, Sérgio Sampaio e Luiz Melodia.
“Vou revisitar as diversas facetas do Zé, sem cronologia”, diz Zeca. Ramalho, por sinal, ainda não tinha sido avisado do show. “Dos homenageados, ele é o único que pode ser informado pessoalmente, né? Mas acho que ele gosta de mim, tá tudo bem”, brinca Baleiro, parceiro do ídolo na canção ‘O Rei do Rock’ (gravada por Zé em 2007).
