Por daniela.lima

Rio - Hugo Carvana, diretor de ‘Casa da Mãe Joana 2’, fez questão de avisar: a franquia termina por aqui. Autor de ‘Vai Trabalhar, Vagabundo’ (1973) e ‘O Homem Nu’ (1997), o cineasta faz bem. De fato, o segundo e último longa da série deixa a sensação de que se esgotou o arsenal de histórias, piadas e tiradas protagonizadas pelos inseparáveis amigos Montanha (Antonio Pedro), PR (Paulo Betti) e Juca (José Wilker). 

Juca (José Wilker), Montanha (Antonio Pedro) e PR (Juca) vivem histórias inspiradas nas do apartamento que Carvana dividiu com amigosDivulgação


Não chega a ser um completo desastre. Há momentos engraçados, como a cena em que Juca participa de um campeonato de maconha em Amsterdã. Também salta aos olhos o capricho nos efeitos especiais de dois divertidos fantasmas: o camareiro Zazzie (Caike Luna) e a rainha da frança Maria Antonieta (Fabiana Karla).

Mas são casos isolados em meio a um roteiro desinteressante. Não há ritmo. Não há ousadia. E, em geral, não há graça. Desta vez, os três amigos viram alvo da filha de uma viúva que tomou um golpe de PR. A história da série, que levou 400 mil pessoas aos cinemas no primeiro longa, é inspirada nas do apartamento que Carvana morou com os colegas Miele, Roberto Maya e Daniel Filho, nos anos 60.

‘Casa da Mãe Joana 2’ parece um daqueles jogos da seleção brasileira de futebol em que se sobressai a qualidade individual dos jogadores — no caso, o elenco, que ainda recebe o reforço de Betty Faria, Leona Cavalli e Anselmo Vasconcellos. Mas, para o conjunto da obra, cartão vermelho.

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