Por tamyres.matos

Rio - Ser filha de um diplomata ajudou Sylvia Bandeira a estar sempre envolvida com as palavras. O incentivo literário vindo de seu pai, Octávio Bandeira, estimulou a atriz a contar um pouco da própria história no livro ‘Mamãe Costura e Esta Noite Vou Te Ver’ (Ed. Apicuri, 152 págs., R$ 39), que será lançado hoje, na livraria da Travessa, em Ipanema.

‘Convivi com reis e plebeus e sempre fui igual com todos’%2C diz Sylviaarquivo pessoal

“Eu sempre nutri o sonho de escrever e o incentivo veio de casa, do meu pai principalmente, que era um intelectual. É complicado selecionar o que colocar e o que deixar de fora do livro. Aí, resolvi dividir em partes”, conta Sylvia.

Seus primeiros anos mundo afora, filhos, carreira, amores, reconhecimento e até seu casamento com Jô Soares estão detalhados no livro autobiográfico. “Não sei se alguém vai ficar chateado com essa publicação. Tem coisas que conto sem dar o nome do santo. Mas também tem um capítulo que dedico ao Jô, onde falo do nosso casamento. Tive que mostrar para ele tudo que escrevi a pedido da editora, por ele ser uma pessoa bastante conhecida. E ele me disse que adorou, que se sentiu honrado com tudo que escrevi”, explica.

Misturando um pouco dos idiomas francês e inglês em sua literatura, Sylvia alerta que não fez isso para parecer sofisticada. “Passei 18 anos fora do Brasil. Fui alfabetizada em inglês e minha segunda língua é o francês, escrevo dessa forma porque, muitas vezes, não lembro o significado das palavras em português. Eu sou assim mesmo e não tenho nada de metida a intelectual. Convivi com reis e plebeus e sempre fui igual com todos”, argumenta.

Além de suas angústias e tristezas, Sylvia relata muitas de suas recordações engraçadas. “Uma vez fui receber um prêmio da revista ‘Playboy’ e não estava entendendo o porquê de tantos flashes. Depois que percebi que era por causa da Grazi Massafera, que foi quem me entregou o prêmio. Na época, eu nem a conhecia”, diverte-se.

O nome do livro também tem uma explicação. “Quando eu morava no Chile e sabia que meus pais iam sair, era esse o código que usava com um namoradinho para avisar que poderíamos nos encontrar”.

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