Por tiago.frederico

Rio - Homossexuais, as irmãs-gêmeas Pepê e Neném marcaram presença na 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT de Copacabana, que acontece na praia da Zona Sul, na tarde e noite deste domingo. Assim como elas, outros famosos, como Leandra Leal e Amin Khader, também foram ao evento.

A concentração da Parada Gay começou às 13h, no Posto 5. Aos poucos Copacabana começa a ficar lotada. Os organizadores do evento esperam um público de um milhão de pessoas na orla da Zona Sul. O término da marcha está previsto para as 22h.

Pepê e Neném na Parada GayAndré Muzell / Ag. News





Para receber o público que vai ao evento, algumas vias do bairro da Zona Sul foram interditadas ao tráfego de veículos. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, estão fechadas a pista junto aos prédios da Avenida Atlântica, no trecho entre a Rua Joaquim Nabuco e a Avenida Prado Júnior. Neste trecho, moradores deverão evitar trafegar com veículos no horário entre 14h e 20h.

Também estão interditadas a Rua Francisco Otaviano, entre as avenidas Nossa Senhora de Copacabana e Atlântica; assim como a própria avenida Atlântica, pista junto à orla, no trecho entre a Rua Francisco Otaviano e a Rua Miguel Lemos.

Amin Khader e Leandra Leal na 18ª Parada do Orgulho LGBTAndré Muzell / Ag. News


Evangélicos mostram apoio

Na concentração, um grupo de pelo menos 15 jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia manifestou seu apoio à causa LGBT. "A gente veio dizer que Deus ama a todos independentemente da orientação sexual. Não concordamos com o preconceito", disse Lucas dos Santos.

O movimento pacífico lembrará que os avanços nas políticas públicas como o reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo ou a criação de programas como o Brasil Sem Homofobia – conquistados graças a mobilizações populares, a exemplo das Paradas LGBTs ocorridas pelo país, a Parada LGBT. Outra bandeira da Parada lembrará os 4.850 LGBTs que sofreram algum tipo de violência homofóbica no Brasil no ano de 2012, em razão da sua orientação sexual e identidade de gênero.

Jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia manifestam seu apoio à causa. "A gente veio dizer que Deus ama a todos independentemente da orientação"%2C diz Lucas dos SantosDivulgação

“Hoje vivemos num cenário de ameaça, de recrudescimento de importantes conquistas de direitos de LGBTs por conta, principalmente, do conservadorismo do legislativo e do crescimento do fundamentalismo religioso. Precisamos mostrar que não estamos sozinhos, que somos milhões de vozes e com poder de influenciar a política brasileira para transformar essa realidade. Estar domingo em Copacabana é acordar e fazer algo para essa mudança” afirma Julio Moreira, Presidente do Grupo Arco-Íris – organização social responsável pela Parada.

A organização do evento espera um público de 1 milhão de pessoas, embaladas por música eletrônica, pop e MPB mixadas por DJs a bordo de 15 trios elétricos, a partir das 13h. Mas o evento começa bem antes, às 9 horas da manhã, com serviços ofertados pela organização e empresas parceiras.



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