Por daniela.lima
Lígia Guerra teve consultório de psicologia por 11 anos antes de escrever ‘Mulheres às Avessas’Divulgação

Rio - As inseguranças são muitas e elas vão desde os probleminhas com a balança, passando pela pressão da idade, até o tão sonhado reconhecimento profissional. Para ajudar as mulheres a sobreviver a todos esses conflitos, a psicóloga Lígia Guerra acaba de lançar o livro ‘Mulheres às Avessas’ (Editora Sextante, 128 páginas, R$ 19,90). “Acho importante compreender por que determinados padrões continuam sendo repetidos, apesar de só fazerem mal. É bom destinar tempo e energia para refletir sobre essas questões. Assim, fica mais fácil sair dessa prisão em que nós mesmas nos colocamos”, recomenda a autora.

Apaixonada pelo comportamento feminino, ela usou a sua própria experiência para escrever o livro. “Trabalhei em consultório durante 11 anos, mas o que eu queria mesmo era escrever. Um dia, criei coragem, parei de clinicar e me joguei no mundo”, conta. Mas, apesar do sucesso, Lígia lembra que fazer uma mudança radical na vida nem sempre é fácil. “Eu não gosto de vender a imagem de que foi tudo tranquilo. No livro, dou dicas para passar por essa fase sem grandes traumas. O primeiro passo é se preparar financeiramente, fazer uma reserva, pois pode ser que as coisas demorem um pouco mais para acontecer e você não vai querer que o sonho se transforme em pesadelo.”

Além da realização profissional, ‘Mulheres às Avessas’ também discute questões como a sexualidade feminina e o fim do romantismo. “Desde cedo, os homens são estimulados a se conhecer. Já entre as meninas, existe um tabu. Isso influencia diretamente em como a mulher vai lidar com o próprio corpo numa relação a dois”, analisa a psicóloga, que critica a banalização das relações contemporâneas. “Estão cada vez mais descartáveis”, diz.
Publicidade
Sem a pretensão de resolver os problemas femininos, mas incentivando o autoconhecimento, Lígia afirma que o grande problema das mulheres é a falta de coragem para pensar com a própria cabeça. “Somos perfeccionistas, neuróticas e temos o péssimo hábito de basear a nossa vida na dos outros. No momento em que abrirmos mão de ser exemplos e nadarmos contra a maré, aí as coisas dão certo. Esse é o verdadeiro ato às avessas”, defende.
Você pode gostar