O cenário não poderia ser mais atraente para ter tal narradora: a Alemanha nazista, em plena Segunda Guerra Mundial. Como protagonista, uma menina chamada Liesel Meminger, interpretada por Sophie Nélisse — que, além de livros, rouba também a cena no filme. Órfã de pais comunistas, ela é adotada por Hans Hubermann (Geoffrey Rush) e Rosa (Emily Watson). No novo lar, a garota aprende a ler e descobre uma paixão: os livros. Sua sede por novas histórias faz com que roube algumas publicações durante uma época em que vários títulos foram condenados à fogueira. Logo, a jovem começa a compreender não só uma série de novas palavras como também o contexto político que a rodeia.
'A Menina que Roubava Livros': Sucesso da literatura no cinema
Best-seller que se passa na Alemanha nazista vira filme dirigido por Brian Percival
Rio - O que esperar de uma história adaptada de um best-seller narrado pela Morte? Para os mais sensíveis, ‘A Menina Que Roubava Livros’, dirigido por Brian Percival, pode resultar em algumas lágrimas — preparem os lenços. Já os fãs ortodoxos do livro de Markus Zusak têm duas opções: se apegar aos detalhes exclusivos da literatura ou admitir que a versão para o cinema ficou diferente do livro, sim, mas não decepciona, sendo o mais fiel possível a ela.
Quem leu o livro e amou talvez fique um pouco desconfortável em relação ao ritmo do filme de Brian. Nele, o tempo não é muito trabalhado para transmitir com mais intensidade os sentimentos dos personagens — o que atrapalha sua fluidez. Mas vamos aos pontos positivos: a trilha sonora de John Williams dá um tom doce à cenas tristes e tensas. A atuação do elenco também é digna de elogios, principalmente Emily e Geoffrey. A arte é fiel e retrata muito bem como o nazismo influenciou o cenário da época: há bandeiras e suásticas espalhadas por toda parte. Por fim, um dos maiores trunfos do longa-metragem é a sua belíssima fotografia, em perfeita harmonia com a trama.
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