Por daniela.lima

Rio - O experiente DJ Edinho Cerqueira acredita que o rock está voltando com tudo. “Tem que deixar o underground emergir, tem que ter mais bandas arrastando multidões.” Ele vem fazendo sua parte por detrás das carrapetas desde os anos 80, e comemora na Casa da Matriz, na próxima sexta, os 18 anos de uma das iniciativas mais bem-sucedidas do cenário roqueiro carioca. É a festa Alien Nation, cujo conceito “itinerante” já a levou para várias casas do Rio. 

Kleber Tuma, o frequentador assíduo que virou DJ (E), e Edinho dividem as picapes na Alien NationDivulgação


“Nosso embrião foi a festa Rock Power, no começo dos anos 90. Eu a fazia junto com o Wilson Power, que foi o criador da Alien Nation”, diz Edinho, que na época juntou esforços com Wilson e Alexandre Roga, DJ morto há cinco anos. “Passamos pela Bunker, Casarão Amarelo (ambos extintos), Fosfobox.”

Hoje, além de Wilson e Edinho, o time traz também um frequentador assíduo da festa que virou DJ, Kleber Tuma. Ao trio, unem-se nesta edição Chacal, Mario Mamede, Speedy, Eliza Schinner, Bruno Menescal, Frék, Manic e Adolfo Braucks. E o agregado Tito Figueiredo.

“Fazemos uma festa direcionada ao público roqueiro. Mas é uma coisa que passa até mais pela atitude do que só pelo som”, explica Edinho. Uma das fontes de inspiração para o evento é o punk diversificado do Clash. “Pelo menos no que me diz respeito, é a banda que me representa. Era uma banda aberta a todo tipo de influência”, conta Edinho.

Mas a diversificação tem limite, claro. “Nada contra, mas não faríamos uma festa de rock onde tocaríamos funk. Temos um conceito.”

De rock nacional, ele destaca novidades como Luiz Lopez (ex-Filhos da Judith) e Fuzzcas. “É o que ponho para ouvir, embora nem tenha tempo para acompanhar tudo o que sai”, conta.

Você pode gostar