Por tabata.uchoa

Rio - A lista com os convocados para a Copa do Mundo será conhecida só no dia 7 do mês que vem. Mas um nome já é certo para o técnico Luiz Felipe Scolari: Dilson Scher, o Dilsinho. Não que ele seja um exímio jogador, mas, aos 21 anos, tem feito golaços na música. E foi por isso que caiu nas graças de Felipão, da comissão técnica e dos jogadores da Seleção Brasileira. Agora, Dilsinho é a mais nova promessa do pagode nacional.

'Felipão disse que%2C sempre que possível%2C vai me levar para estar junto deles. Gostaram do meu trabalho’%2C conta DilsinhoCarlos Moraes / Agência O Dia

Tudo começou com o goleiro Júlio César, que é amigo íntimo do cantor. “Meu empresário conhece o Júlio desde criança. Ele nos apresentou e ficamos amigos. Até cantei na festa de aniversário da Susana (Werner, mulher do goleiro). O Júlio dizia que eu era muito bom e que ele ia me dar uma força”, lembra o músico, que acabou indo parar em Joanesburgo, na África do Sul, no início de março, para assistir ao último amistoso do Brasil (contra a África do Sul) e conhecer a comissão técnica e os jogadores.

“O placar foi 5 a 0 para o Brasil. Muito bom. Depois do jogo, houve um jantar e pude apresentar minhas músicas para a delegação. Todo mundo gostou. O Felipão disse que, sempre que possível, vai me levar para estar junto deles. Foi bom demais. Gostaram do meu trabalho”, vibra Dilsinho, que, ao contrário de que se possa pensar, e apesar da pouca idade, é um compositor nato. Faz músicas desde os 14 anos, e o primeiro sucesso nacional, ‘Maluca, Pirada’, compôs aos 18 anos. Não demorou, já estava na voz afinada de Alexandre Pires.

De lá para cá, o preferido de Felipão teve outras canções gravadas por nomes como Thiaguinho (‘Na Beira do Prato’) e Sorriso Maroto (‘Aí que Eu Gosto e Vou pra Cima’ e ‘Pra Você Escutar’). O primeiro disco da carreira, contudo, chegou há pouco, em fevereiro deste ano, com 11 faixas, sendo nove assinadas por Dilsinho. “Primeiro, criei uma identidade como compositor. Conheci artistas, o que, certamente, abriu caminhos”, avalia.

A primeira música de trabalho do artista, curiosamente, não é de sua autoria. ‘Já que Você Não me Quer Mais (...vou espalhar meu amor por aí)’, é releitura do grupo carioca de pop rock Seu Cuca. “Escolhemos principalmente por causa do arranjo, que ficou bem bacana, superdiferente. Tanto que muita gente me diz que quase não reconhece a música”, conta Dilsinho. Ele gosta de misturas, sobretudo de samba com pop. “Faço samba, mas tenho influência de muitos ritmos. Gosto de funk, axé, sertanejo, MPB. Hoje há um movimento de renovação, reinvenção, com os músicos tendo muito mais cuidado com a sonoridade”.

Sobre ser o autor do hit da próxima Copa, o pagodeiro dribla. “Vou ter que fazer uma música para esse momento. A comissão técnica e os jogadores gostaram das minhas músicas, mas, para ser o hit, tem que ser especial. Quem sabe?”. Com belo placar de 20 a 25 shows por mês, ele diz estar solteiro por opção: “Estou focado no trabalho”.

Não bastasse o meio-campo com a Seleção, Dilsinho ainda ganhou a maior colher de chá do ídolo teen Joe Jonas, da extinta Jonas Brothers. No dia 17 de março, Joe postou em seu Instagram foto da capa do CD do pagodeiro. Na ocasião, o cantor americano fez uma brincadeira sobre a semelhança física com o brasileiro. Joe postou a imagem e brincou: “Drake + Joe = Doe”, dizendo que Dilsinho é uma mistura de Joe com o rapper Drake.

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