Por daniela.lima

Rio - Tal e qual o famoso quadro ‘Mona Lisa’, de Leonardo da Vinci, atração máxima do Museu do Louvre em Paris, a Taça da Copa do Mundo — que está de volta ao Rio depois de sair daqui em setembro para visitar 89 países — é exposta ao público sob a proteção de uma redoma de vidro. O cobiçado troféu, entretanto, pode ser tocado, mas só por chefes de Estado ou campeões mundiais. Gaby Amarantos não é nem um nem outro, mas, sem qualquer cerimônia, a irreverente cantora quase que quebra o protocolo.

Gaby Amarantos vai cantar com o Monobloco na despedida carioca da Taça da CopaDivulgação


“Não sabia desta história e, quando a Taça veio pela primeira vez ao Rio, eu estava muito cansada e coloquei as pernas em cima da proteção dela. Vi aquela coisa com um pano preto e botei as pernas em cima, quando vi os seguranças correndo na minha direção. Depois, quase matei o segurança do coração, porque fingi que ia tocar na Taça para fazer uma foto!”, diverte-se a popstar paraense. “Mas é muito legal isso, acho que cria uma mística bacana, um símbolo tão especial, tão importante.”

O Tour da Taça, promovido pela Coca-Cola, se despede hoje da capital carioca com show gratuito de Gaby com Monobloco no Maracanã — o troféu está no estádio desde terça-feira, depois segue para Porto Alegre e vai a todas as capitais do país até 1º de junho. É só chegar.

“A gente vai fazer uma parte do show só com sambas, e vou cantar algumas músicas minhas com a roupagem do Monobloco. É uma ocasião única de as pessoas ouvirem esses arranjos, essa sonoridade que a gente só consegue quando se encontra. E, no final, vamos tocar ‘Todo Mundo’”, detalha Gaby, citando a música para animar a torcida que gravaram juntos.

E é só falar em torcida para a cantora se revelar a mais entusiasmada para o grito de “gol”. “Sou uma torcedora muito nervosa e, naqueles momentos de forte emoção, em que a gente quer enfartar, eu nem consigo assistir, saio, vou tomar uma água, choro, fico xingando, começo a rezar, faço o maior escândalo. Gente, eu sou uma comédia torcendo pela Seleção Brasileira”, assume. “Minha agenda é muito de acordo com o meu trabalho, mas espero conseguir ir a alguma partida, e, se for da Seleção Brasileira, maravilha, porque acho muito importante a gente, como brasileiro, poder presenciar esse momento que é histórico, dessa Copa que vai acontecer no nosso país.”

Supersticiosa, daquelas que assistem aos jogos sempre sentadas na mesma cadeira para dar sorte, Gaby Amarantos jura que não é... mas revela suas mandingas para dar uma ajudinha ao nosso time: “Não tenho superstições, mas tem uma simpatia que faço: escrever o nome dos jogadores adversários em um papel e colocar dentro da geladeira. É mais de mandar energia positiva para a Seleção, para que eles joguem bem e tragam esse campeonato para a gente!”

CURIOSIDADES DO TROFÉU 

A Taça da Copa do Mundo mede 36,8 centímetros de altura, pesa 6,175 quilos e é feita de ouro maciço. O troféu pertence à Fifa e o país campeão leva para casa uma réplica folheada a ouro — e não de ouro maciço, como a original. Criada pelo escultor milanês Silvio Gazzaniga, a Taça traz gravada em sua parte inferior o nome e o ano de cada ganhador da Copa desde 1974. Estão lá Brasil (1994 e 2002), Alemanha (1974 e 1990), Argentina (1978 e 1986), Itália (1982 e 2006), França (1998) e Espanha (2010).

Esta é a terceira vez que acontece o Tour da Taça — as outras foram na Alemanha (2006) e na África do Sul (2010). Em cada cidade por onde passa, as pessoas podem também tirar uma foto ao lado do troféu. A experiência conta ainda com imagens e atrações interativas, como um túnel de projeção com histórias do Mundial. A programação inclui também jogos para a criançada, como chutes a gol e totó humano.

MARACANÃ. Portão 3, entrada pela Rua Mata Machado. Show hoje, às 20h (a Taça fica exposta das 9h às 21h). Grátis. Livre. Sujeito à lotação.

Você pode gostar