Rio - Depois de fazer sucesso como a empreguete Penha, da novela ‘Cheias de Charme’, Taís Araújo está de volta à TV repetindo a parceria com os autores Izabel de Oliveira e Filipe Miguez, só que dessa vez na pele de uma jornalista. O êxito do trabalho anterior foi definitivo para que a atriz aceitasse o convite para integrar o elenco de ‘Geração Brasil’, que estreia dia 5 de maio, onde dará vida à jornalista Verônica.
“Só para se ter uma noção, eu aceitei o convite sem nem ler como seria a personagem, a sinopse. Confio no texto deles e sei que serão fiéis à história que se dispuseram a contar até o fim”, diz.
E, se tudo que é bom ainda pode melhorar, Taís ainda tem como colega de trabalho o marido, o ator Lázaro Ramos, que faz o guru Brian no folhetim. “Eu botei muita pilha para ele aceitar, porque esses autores são os responsáveis por uma nova dramaturgia na TV, mas trabalhar junto tem um lado ruim, que é ficar sabendo demais da vida da pessoa.” E o lado bom? “Tirar férias juntos”, afirma.
Pais do pequeno João Vicente, que vai completar 3 anos em junho, Taís e Lázaro querem dar um irmão para o filho. A atriz só não sabe quando uma segunda gestação vai pular da teoria para a prática, já que pretende fazer teatro quando ‘Geração Brasil’ chegar ao fim. “Eu comecei a emendar um trabalho no outro e acabou que não rolou o segundo filho. Mas a gente quer muito. Em algum momento, eu vou ter que priorizar isso. Não quero dar um espaço grande entre um e outro, porque, como o João já está semi-independente, vou ficar com preguiça daquela trabalheira toda que um recém-nascido dá. Mas eu continuo achando que ter irmão é muito importante. O desejo de dar um irmão ao João é maior do que a minha preguiça”, analisa.
Na vida real, Taís é mãe de uma criança, mas na ficção a história é um pouco diferente. Verônica é viúva e tem um único filho, Vicente (Max Lima), de 14 anos. “Na próxima novela, vou ser avó”, diverte-se. Porém, ao contrário do que se possa supor, contracenar com um adolescente não tem sido uma espécie de treino para a atriz, que terá um em casa daqui a alguns anos. “Eu adoro me relacionar com adolescente. Como não são meus filhos, é mais fácil, porque não tenho que aguentar a bomba que é administrar um adolescente. Mas uma coisa que aprendi com a maternidade é que a gente nunca está preparada para nada. Antes de ter filho, era cheia de teorias. Todas caíram por terra quando o João Vicente nasceu.”
Além da maternidade, Taís tem em comum com a sua nova heroína o fato de também ser jornalista. E, embora a sua relação com a imprensa seja de respeito, a atriz admite que não se acostuma com o interesse por sua vida pessoal. “Quando a gente faz parte da profissão, embora eu faça parte de brincadeira, você entende algumas coisas. Outras, eu continuo sem entender. Eu percebo a importância do furo, da exclusividade. Não compreendo quando se ultrapassam alguns limites. E eu não estou falando só dos paparazzi. Querem saber da nossa vida, mas ninguém quer saber da vida dos políticos que estão sentando na nossa cabeça. Pegam o tempo inteiro no pé da gente, que só está aqui para entreter, para fazer a população feliz. Vai correr atrás de quem faz mal à gente, não de quem faz o bem”, frisa.
Por outro lado, ela tem consciência de que o público tem interesse na intimidade dos famosos. “Sei que as pessoas têm curiosidade de saber como é a vida de um artista, que, na verdade, não é nada diferente da vida de qualquer pessoa. O meu trabalho é igual ao de todo mundo. Às vezes, me perguntam como é ter um filho e trabalhar. Aí, eu pergunto para a repórter: ‘Você não está aqui trabalhando? Então, é igual para mim e para você.’” Dando ombros para o glamour da profissão, ela diz que sua afinidade com a Verônica de ‘Geração Brasil’ está justamente na simplicidade. “Ela é uma mulher normal, é como se fosse uma vizinha nossa. É batalhadora, atrapalhada, gente como a gente.”
Reportagem de Regiane Jesus
